Sexta-feira, 20 de junho de 2014 - 08h59
Da Agência Lusa
O governo queniano pediu hoje (20) à população para ver os jogos do Mundial 2014 em casa, em vez de espaços públicos, menos de uma semana depois dos ataques que mataram mais de 60 pessoas. "No que for possível, pede-se aos quenianos para verem os jogos do Campeonato do Mundo no conforto de suas casas, em vez de áreas lotadas, abertas e desprotegidas", disse o Ministério do Interior em comunicado.
No domingo (15), homens armados entraram na cidade costeira de Mpeketoni, perto da ilha turística de Lamu, e massacraram cerca de 50 pessoas. O ataque ocorreu enquanto muitas pessoas viam jogo do Mundial em hotéis e cafés.
"Apesar de o governo ter aumentado a segurança em todas as partes do país, proprietários de bares e restaurantes estão sendo avisados para manter um nível de alerta elevado nas suas áreas de operação", acrescenta o comunicado.
De acordo com a nota, "isso garantirá que proprietários de restaurantes e bares se livrem de criminosos que tentam tirar vantagem do campeonato para praticar atos de criminalidade e violência".
Mais nove pessoas foram mortas em um ataque na noite seguinte, em uma vila vizinha. Os ataques foram reivindicados pela Al Shabab, célula da Al Qaeda na Somália, mas o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, culpou "redes políticas locais" e uma "rede oportunista de outras gangues criminosas" pelos massacres.
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