Segunda-feira, 15 de setembro de 2008 - 15h24
Mais de 2 mil soldados já estariam em Cobija, a capital do departamento, para ocupá-la a qualquer momento.
CHICO ARAÚJO
chicoaraujo@agenciaamazonia.com.br
BRASÍLIA — Continua tenso clima no departamento (Estado) de Pando, na Bolívia, em estado de sítio desde quinta-feira, 11. No domingo três tanques militares chegaram à cidade para reforçar o contingente do Exército na região, segundo jornais locais. Além dos tanques, mais soldados chegaram a Cobija. Haveria, portanto, número suficiente para tomar a capital.
O site O Alto Acre, de Brasiléia (AC), fotografou um acampamento improvisado dos soldados bolivianos. Os tanques estariam camuflados debaixo de uma casa suspensa. A cidade de Brasiléia é separada da Bolívia pelo rio Acre.
Em Cobija, uma possível ocupação militar está deixando a população apreensiva. Carros e motocicletas que se aproximam do aeroporto são recebidos a tiros de fuzil. Ontem, cerca de mil pessoas fizeram passeata pela paz na cidade. Os brasileiros que vivem na Bolívia — um contingente de 15 mil pessoas — estão apreensivos. Em Santa Cruz de La Sierra e Sucre, dezenas de estudantes brasileiros não podem sair das cidades. Os aeroportos foram fechados.
Espalhou-se no final de semana que o governo Evo Morales havia decretado a prisão do governador de Pando, Leopoldo Fernández. Por conta disso, ventilou-se que ele teria fugido. Na verdade, Fernández não arredou o pé da cidade. Permanecia em casa, em Cobija, onde acompanhava com tranqüilidade o noticiário sobre a crise na Bolívia, uma das piores desde que Morales chegou ao poder, em janeiro de 2006. O governador conversou com jornalistas brasileiros sobre a crise em seu país.
Até duas semanas atrás, Cobija recebia em média 10 mil turistas. Devido aos confrontos dos últimos dias virou uma cidade fantasma. O comércio fechou e ninguém se atreve abrir as portas, temendo saques. Lixo espalhado pelas ruas, lojas queimadas, destruídas, e naqueles que sobrou um pouco, os proprietários colocaram grades com chapas de aço para evitar futuros saques. Outros comerciantes, temendo uma nova onda de saques, levou suas mercadorias para abrigos mais seguros.
Reunião da Unasul
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá à cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para debater a grave crise boliviana, mas deixará uma clara mensagem contra uma possível intervenção do órgão em um conflito interno do país vizinho. Ao contrário de outros líderes, Lula não pareceu muito convencido da necessidade da cúpula extraordinária da Unasul, que acontecerá nesta segunda, em Santiago do Chile.
“Essa reunião só faz sentido se houver um pedido da Bolívia e uma proposta. Se as duas partes não estão pedindo que nos reunamos, caso tomemos uma decisão e depois nenhuma das partes a aceite, a reunião será inútil”, disse Lula no sábado, ao expressar suas dúvidas sobre a cúpula.
A posição de Lula é completamente diferente da de Chávez, que, após oferecer “apoio armado” ao Governo de Evo Morales, se envolveu em polêmicas com o general Luis Trigo, comandante-em-chefe das Forças Armadas bolivianas.
“Ao presidente da Venezuela e à comunidade internacional dizemos que as Forças Armadas rejeitam enfaticamente intromissões externas de qualquer índole”, declarou Trigo esta semana sobre o “apoio armado” oferecido por Chávez.
Fonte: Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião.
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