Da Agência Lusa / Agência Brasil
Bagdá - Pelo menos 14 pessoas morreram hoje numa série de atentados no Iraque que visaram sobretudo a atingir membros das forças de segurança e as respetivas famílias, segundo fontes médicas e da segurança.
Em Tarmiya, no Norte de Bagdá, homens armados explodiram antes de amanhecer quatro casas pertencentes a políciais e soldados, matando quatro dos ocupantes e ferindo 15, de acordo com as mesmas fontes.
Em Baiji, igualmente no norte da capital, as autoridades impuseram toque de recolher após um atentado à bomba que matou um civil e de um outro contra um posto de controle militar que terminou na morte de um soldado e de dois homens envolvidos no ataque.
No sul da capital iraquiana, uma pessoa morreu na explosão de uma bomba num mercado em Nahrawan. Perto de Baquba e em Bagdá atentados causaram a morte de cinco pessoas.
Mais de 740 pessoas morreram em atos de violência no Iraque desde o início de setembro.
A missão da ONU no Iraque lançou há uma semana um alerta contra uma série de represálias entre sunitas e xiitas, após a multiplicação dos atentados.
Segundo a missão da Organização das Nações Unidas, cabe “aos dirigentes tomar medidas firmes para evitar que a violência piore”.
Há vários meses grupos ligados aos extremistas sunitas da Al Qaeda atacam mesquitas, mercados e mesmo campos de futebol frequentados pela comunidade xiita, recorrendo a atentados suícidas. Os atentados à comunidade sunita começam também a se multiplicar.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al Maliki, garantiu no mês passado que as operações contra os rebeldes deram resultado, e as autoridades anunciaram a detenção de centenas de combatentes e a morte de dezenas deles.
Mas as críticas ao governo, dominado por xiitas, prosseguem, acusando-o de recorrer à força, ao promover detenções maciças e arbitrárias entre a população sunita, além de maltratar os prisioneiros.