Quarta-feira, 2 de setembro de 2009 - 08h07
O povo indígena Paiter Suruí, por intermédio das Associações Matareyla, Kanindé em parceria com a Fundação Cultural de Cacoal iniciaram, nesta segunda, 31, a abertura da semana da pátria na cidade de Cacoal. O objetivo da exposição fotográfica é de ressaltar os 187 anos de independência do Brasil e ao mesmo tempo celebrar os 40 anos de contato do povo indígena Paiter com a sociedade não indígena.
Em Cacoal, a programação cultural e de reflexão se estende de 31 de agosto a 07 de setembro no Teatro Cacilda Becker. De 09 a 12 de setembro de 2009, nas dependências da Unesc, Faculdades Integradas de Cacoal. No lugar das comemorações ou lamentações, típicas de datas históricas, a comunidade Suruí promove uma reflexão itinerante, tanto na capital como no interior do Estado. Aproximadamente 50% do povo suruí morreu de doenças após o primeiro contato.
Relatos
Durante a abertura, o líder indígena, Almir Suruí, enfatizou a importância do povo de Cacoal se unir para construir uma nova história para o município. Falou sobre os avanços na discussão do projeto de seqüestro de carbono, onde vai gerar mais de nove mil empregos sem interferir no meio ambiente. A comunidade indígena está inserida em políticas que possam manter a floresta em pé e fazer seu uso com base no manejo sustentável e com planos para os próximos 50 anos.
“Muitas pessoas pensam que nós, índios suruís, somente pedimos. Ao contrário, queremos construir, a cada dia, uma sociedade melhor para todos nós” destacou o líder.
O prefeito de Cacoal, Franco Vialetto, quando chegou a Cacoal, há 36 anos, foi um dos primeiros a ter contato com o povo indígena. Franco falou que sempre esteve ao lado das causas indígenas. Recordou o ano de 1975, quando teve o surto da tuberculose, muitos índios se deslocavam das aldeias até Cacoal para se tratarem. “Foi necessário abrir a igreja para que uma irmã, enfermeira, atendesse a todos. Tivemos que suspender os outros compromissos” enfatizou.
Administração
O prefeito foi enfático em afirmar que era questão de honra ter um representante indígena na sua administração. Franco se referia ao assessor indígena, Paline Suruí, o primeiro índio a fazer parte de uma administração municipal no Estado. “Quero nesta reforma administrativa, com o apoio da Câmara Municipal, deixar uma vaga permanente para um representante indígena nas futuras administrações. Renovo o compromisso de estar ao lado de vocês nesta luta em prol do resgate à cultura indígena” afirmou.
O povo Paiter Suruí vive na Terra Indígena Sete de Setembro, numa área de 247.870 hectares, banhada pela bacia do Rio Branco em região fronteiriça, ao norte do município de Cacoal (estado de Rondônia) até o município de Aripuanã (estado do Mato Grosso).
Na época do primeiro contato, em 1969, eram mais de cinco mil suruís. Poucos anos depois restavam apenas 300. Atualmente, vivem nas quatro aldeias da terra indígena, pouco mais de 1.500 índios. A ruptura representada pelo contato ainda está viva na memória da comunidade, sendo que muitos anciãos e algumas lideranças atuais presenciaram o fato histórico.
Fonte: Paulo Henrique Silva (PMC)
SRT/RO 983
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