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Caravana da Saúde: Fiscalização ouve comunidade e constata precariedade no hospital de Nova Mamoré


O município de Nova Mamoré – cerca de 240 quilômetros a sudoeste de Porto Velho, capital de Rondônia – tem uma população de cerca de 23 mil habitantes, uma economia forte, baseada na agropecuária e na lavoura de subsistência, com vários assentamentos fundiários realizados pelo Incra, mas não tem um hospital decente, capaz de atender Caravana da Saúde: Fiscalização ouve comunidade e constata precariedade no hospital de Nova Mamoré - Gente de Opiniãoa população em qualquer procedimento sequer de baixa complexidade. Durante visita da Caravana da Saúde, programa do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) para conhecer de perto a realidade da saúde nos 81 municípios brasileiros com os menores índices de Desenvolvimento Humano (IDH), ao município, no último dia 11, constatou-se que, apesar desse quadro, a situação da saúde no município ainda consegue ser melhor que em outros com melhores indicadores.

Durante todo o dia, os integrantes da Caravana da Saúde conversaram com a população sobre facilidade de se conseguir emprego, qualidade da saúde e da educação, lazer, entre outros temas. Também fiscalizou o hospital e o Posto de saúde do bairro Planalto, onde também se constatou a presença de médicos e boas condições de funcionamento, apesar de não atender toda a demanda, e apresentou um filme e propôs um debate sobre diferenças. O município conta com dez médicos contratados regularmente e outros quatro contratados emergencialmente.

Vice-presidente do Conselho regional de Medicina e designado por portaria da presidente do Conselho, médica Maria do Carmo Wanssa, para coordenar o programa em Rondônia, o conselheiro Almerindo Brasil de Souza, aponta em seu relatório de fiscalização que apesar de antiga e necessitando urgente de reforma em sua estrutura física e repares em suas instalações, a Unidade Mista de Saúde ‘Antonio Luiz de Macedo’ está sendo mantido dentro dos padrões mínimos de higiene e humanização do atendimento.

No relatório que será encaminhado às secretarias estadual e municipal de saúde, Ministério Público (federal e estadual), Tribunal de Contas, Ordem dos Advogados do Brasil, Câmara Municipal e ao Conselho Federal de Medicina, o conselheiro fiscalizador ressalta que, apesar da precariedade das instalações físicas (com mais de 30 anos de construído) e outras deficiências de manutenção, a administração municipal tem mantido o local limpo e arejado, com estoque de medicamento simples e bom atendimento. O hospital ‘Antonio Luiz de Macedo’, no entanto, só realiza atendimento simples. Nada de mais complexo é realizado na unidade. “Quando o caso é mais grave, encaminhamos o paciente em ambulância para o hospital regional de Guajará-Mirim ou para Porto Velho”, informa o secretário municipal de Saúde, Gilroosivelt Rodrigo Velter.

Constituído a partir do ajuntamento de famílias das antigas Vila Murtinho e Iata, que começa lá na década de 60 do século passado a sofrer os primeiros reflexos do fim da atividade da ferrovia Madeira-Mamoré, a então Vila Nova logo se expandiu com a chegada de novas levas de colonos a procura de terra devoluta e fértil para produção agrícola, criação de gado e outras atividades econômicas. desenvolveu a ponto de suplantar economicamente a até então cidade-mãe, Guajará-Mirim, e hoje conta, além do núcleo urbano que a compõe, com cinco distritos. Um deles, o de Jacinópolis, conhecido pelos casos de violência envolvendo a disputa por terra e madeiras de lei, constituiu-se em verdadeiro problema para a administração municipal.

Por causa de um trecho de estrada de aproximadamente 13 quilômetros que falta para ser construído na ligação da BR-421 de Campo Novo (na região de Ariquemes) a Nova Mamoré que fica dentro de um Parque Estadual, os funcionários da Prefeitura de Nova Mamoré têm de percorrer uma distância de cerca de 700 quilômetros para prestar assistência a população. Sai de Nova Mamoré, vai a Porto Velho, dai até Ariquemes e depois a Campo Novo, para somente então chegar a Jacinópolis. O prefeito José Brasileiro reclama do Ministério Público que não deixa os carros oficiais trafegarem por esse trecho de 13 quilômetros de estrada, que, embora precário, permite a passagem de veículos principalmente durante o período de verão, mas não faz nada para impedir o trânsito de veículos utilizado pelos traficantes de drogas ou de carros roubados.

 Fonte: Cremero

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