Sexta-feira, 9 de novembro de 2012 - 19h06
Para a recuperação do monumento histórico foram gastos mais de R$ 450 mil, verba do Ministério do Turismo, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Governo de Rondônia. “O Museu Municipal de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, não é apenas uma estrutura, mas a história do nosso povo”. As palavras são do primeiro e atual administrador e diretor do museu, Cláudio Furlaneto, que se emocionou durante o evento.
Furlaneto lembrou das viagens ao longo do Vale do Mamoré e Guaporé, em busca de relíquias, que hoje pertencem ao acervo do museu. De acordo com ele, “um museu é a história viva do passado vivenciado por um município, Estado e nação”, enfatiza.
O superintendente Estadual de Turismo (Setur), Basílio Leandro, declarou que, “o próximo passo a ser concretizado pelo ‘Governo da Cooperação’ será a aquisição da mobília para o local”. Ele ainda reafirmou que para o andamento da obra do museu, não foram medidos esforços por parte do governador Confúcio Moura.
O planejamento da obra ficou a cargo do Departamento Estadual de Obras e Serviços Públicos (Deosp), que segue o cronograma de obras no Estado. O diretor-geral do departamento, engenheiro Lúcio Mosquini, enfatizou que, “a entrega do Museu Municipal de Guajará-Mirim representa, aos moradores e ao Estado, um presente de final de ano”.
“A história não está apenas aqui dentro, mas fora, afinal essa é a ultima estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, destacou o governador Confúcio Moura, que elogiou os moradores pelo amor que carregam pela cidade de Guajará-Mirim.
A deputada Federal Marinha Raupp levou ao governador um inventário o qual, objetiva recolher assinaturas que, através de documentação, será encaminhado à presidente Dilma Rousseff solicitando a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a transformação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) em patrimônio da humanidade.
Museu Histórico Municipal
Do lado de dentro do museu a história não retrata maquinários e peças da EFMM, mas animais empalhados, técnica que o diretor, Cláudio Furlaneto, exportou da sua terra natal, a França, e colocou em prática em Guajará-Mirim, o único em todo Estado a expor animais empalhados.
Com a reforma em dia, o museu poderá continuar recebendo seus mais de seis mil visitantes mensais, o que ocorriam anteriormente. “Não só recebendo, como contando e mostrando a história desta terra chamada Guajará-Mirim”, lembra o diretor.
No museu, o visitante pode observar o trabalho de empalhamento com pássaros da região, artesanato, a mistura da arte indígena e africana coletado em viagem que Furlaneto realizou em 1983, até Pedras Negas e alguns pertences do primeiro bispo de Guajar-Mirim, Dom Francisco Xavier Rey, mentor do nome que leva a padroeira do município, Nossa Senhora do Seringueiro.
A solenidade terminou com o descerramento da placa pelo governador Confúcio Moura e autoridades. Após o evento Confúcio Moura concedeu entrevista a Rádio Rondônia FM.
A reinauguração também contou com a presença do prefeito Atálibio Pegorini; do prefeito eleito, Dúlcio Mendes; representantes do Instituto Histórico do Peru e autoridades do município, além de populares que foram ao local prestigiar o evento.
Fonte: Emerson Barbosa - Decom
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