Segunda-feira, 26 de outubro de 2015 - 12h40
“Rondônia é um dos três estados brasileiros que estão ‘respirando’. Ao invés de fechar empresas, oferecemos incentivos para que novas indústrias venham se instalar aqui”, afirmou o governador Confúcio Moura, em Espigão do Oeste.
Ante a crise que atinge o Brasil e muitos outros países, Confúcio disse que Rondônia está ‘respirando’ e que “a água ainda não chegou ao nosso nariz. O Estado está dando exemplo de competência e penso que as empresas devem aproveitar os momentos difíceis para crescer e não deixar a crise entrar em Rondônia”.
O governador lembrou que “somos um Estado diferente; mesmo com a demora das chuvas até este mês de outubro, aqui chove constantemente. O que nós fazemos bem? Sabemos produzir leite; criar gado e peixes; plantar café e cacau como ninguém. Agora estamos plantando também mais arroz, milho, feijão e soja. Podemos criar mais frangos, enfim, vamos produzir comida porque o mundo precisa comer”.
“A Europa e a China precisam comer e a África passa fome. Podemos e vamos ser um dos principais exportadores, porque no planeta não tem terras como as nossas. Além de exportar comida, podemos agregar outras coisas, como a madeira de reflorestamento. Com a aplicação das tecnologias em micro e pequenas empresas, vamos agregando valor aos nossos produtos e com isso teremos melhor remuneração. A agricultura é que gera renda e negócios”, ressalta Confúcio Moura.
O secretário de Estado de Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, lembra que Rondônia tem uma área de mais de 23 milhões de hectares, dos quais, 9 milhões são ocupados pela agropecuária. “Temos três biomas (cerrado, pantanal e floresta amazônica), com terras de excelente qualidade; a regularidade das chuvas é muito boa (chove durante 9 meses) e o clima é úmido e estável. A temperatura constante da nossa água é perfeita para a criação de peixes”.
Padovani adianta alguns números: Rondônia tem hoje o sétimo rebanho de gado de corte e de leite do Brasil, com mais de 13 milhões de cabeças e “somos o sexto em abate; produzimos mais de 2,6 milhões de litros de leite por dia e queremos dobrar esta produção”.
“Temos solos arenosos, argilosos e médios, o que nos permite aproveitar cada um deles, com florestas plantadas, integração lavoura e pecuária, com o soja, o milho e o arroz. Nosso café está sendo revitalizado com variedades clonais. Tínhamos uma média de 12 sacas por hectare e saltamos para 21,6. Saímos de 1 milhão de sacas ao ano e passamos para 1,8 milhões. Queremos chegar em 2018 produzindo 4 milhões de sacas. O nosso cacau também passa por uma revitalização por meio de enxertos e plantio de variedades clonais”.
A assistência técnica e a transferência de tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), tem modificado o perfil do agronegócio no Estado. A diversificação de culturas vem melhorar os ganhos dos empreendedores rurais, que deixam de depender do sucesso e safra de um único produto. Plantações de café, banana, cacau, urucum, mandioca, podem conviver em harmonia e cooperação com a criação de peixes e de gado, tanto de corte como de leite.
O governo de Rondônia vem recuperando e mantendo as vias de escoamento das safras, sejam elas estradas estaduais ou municipais. O transporte rodoviário e fluvial dos produtos tem recebido investimentos governamentais e incentivos para que empresas participem diretamente na logística de distribuição, informa Confúcio Moura.
“O calcário produzido aqui em duas jazidas, uma do governo e outra particular, que era de 17 mil toneladas ano até 2010, passou para 800 mil toneladas e já estamos instalar mais uma processadora até o primeiro trimestre do ano que vem, passando a produzir 1,2 milhões de toneladas”, comemora o governador, durante a visita à mina de Pimenta Bueno, gerenciada pela Companhia de Mineração de Rondônia (CMR).
O presidente da CMR, Gilmar Pereira, mostrou ao governador todas as etapas para a obtenção do pó de calcário, desde a explosão de grandes blocos na jazida, passando pela quebra e transporte das pedras para as trituradoras, até o refino e embarque do corretivo de solo nos caminhões que vem de todos os cantos do Estado.
O programa Mais Calcário, destinado à agricultura familiar, contempla com mil toneladas cada um dos 52 municípios do Estado gratuitamente que, em contrapartida transportam o produto da mina até as propriedades familiares. “Queremos recuperar um hectare de terra de 20.800 pequenas propriedades, em todos os municípios de Rondônia. No ano que vem, vamos dobrar esta oferta gratuita”, garante Padovani.
Outro programa importante é o Mais Leite a Pasto, em que o Governo entra como parceiro na recuperação de três hectares de pastagem nas pequenas propriedades, com o uso de calcário e adubos a base de NPK e nitrogenado; divisão do pasto, usando cerca elétrica, para que se possa fazer a rotação do rebanho leiteiro, o que permite realizar duas ordenhas por dia, dobrando a produção, e também aumentar de um para cinco vacas leiteiras por hectare de pastagem.
A proposta do Governo é de subsidiar 70%, por meio do programa (os outros 30% ficam por conta do beneficiado). “O aproveitamento racional da área já ocupada permite aumentar a produção sem que se derrube mais nenhum hectare de mata. Esta parceria com os pequenos pecuaristas promete alavancar o negócio do leite, trazendo mais dinheiro para o homem do campo e mais divisas para Rondônia”, poderá Confúcio Moura.
Os recursos de mais de R$ 4 milhões destinados ao subsídio do programa que atenderá a 670 pequenos produtores, nos 52 municípios do Estado, veem do Fundo de Investimento e Apoio ao Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Estado de Rondônia (Proleite). Os produtores alvo são os que ordenham hoje entre 80 e 100 litros de leite por dia e que passarão a produzir entre 200 e 250 litros diários.
Para ajudar no transporte da mina até os pequenos agronegócios, o governador determinou à Seagri um estudo para a aquisição de dez caminhões bi trem, com capacidade de transporte de 35 toneladas cada. “O Governo dá o calcário, entrega na pequena propriedade e, em contrapartida, o produtor paga apenas o combustível usado no transporte”, explica o secretário da Seagri.
Fonte
Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Marco Aurélio Anconi
Secom - Governo de Rondônia
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