Segunda-feira, 16 de janeiro de 2017 - 16h01
Com atividades iniciadas em Rondônia em 2014, a Trata Norte é uma empresa pioneira no tratamento químico de madeira, com especialização no eucalipto, espécie que também cultiva na área em que está localizada, no perímetro urbano de Vilhena, na BR-364. A empresa, que emprega 14 funcionários, recebeu a visita na sexta-feira (13) do governador Confúcio Moura, que também esteve na fazenda Boa Hora, onde há uma produção florestal de pinus, em área superior a mil hectares.
Por mês, a Trata Norte trata quimicamente 15 mil peças de madeira, oferecendo garantia de 10 anos. Essa madeira tratada tem aplicação em diversas finalidades, como cercas, telhados, postes de iluminação, postes decorativos, galpões, currais, decks, porteiras, entre outras. Para dar durabilidade à madeira, protegendo-a contra cupins, brocas e apodrecimento, o tratamento químico é feito com o veneno Osmose 33, diluído em água, processo que dura cerca de 4 a 6 horas.
O processo de tratamento químico é feito em seis etapas. A madeira é colocada na autoclave, e a solução é enviada a um tanque, retirando-se a umidade das células da madeira com vácuo. Na terceira etapa, o líquido é transferido do tanque para a autoclave, e com certa pressão esse líquido penetra nas células da madeira já dilatada. Depois, o líquido novamente sai para o tanque e finalmente por vácuo o excesso de solução é retirado da superfície da madeira.
Se a madeira tiver umidade acima de 38,5% não há como fazer o tratamento químico. A duração do tratamento na autoclave vai depender da umidade encontrada. Concluído o processo, é necessário esperar 24 horas para a madeira secar totalmente, e assim concluir o preparo para comercialização.
A Trata Norte tem seis mil pés de eucalipto, com dois anos de idade. Com 5 a 6 anos já é possível retirar a madeira. O projeto de Charles Siqueira e o sócio Anderson Alexandre Zomer é plantar 30 mil pés neste ano. “Ter a madeira para comercializar agrega valor ao negócio, facilita a atividade”, considera Charles.
O governador Confúcio Moura disse que irá estudar com técnicos da área fazendária uma forma de provavelmente estabelecer uma barreira para a mercadoria vinda de fora. “O empresário vê uma concorrência desleal com os fornecedores de fora, atrapalhando o comércio de Vilhena e Jaru, vamos estudar isso”, declarou.
Segundo ele, a Trata Norte está contribuindo para incentivar o incremento do plantio e comercialização das espécies florestais que estão não apenas movimentando a economia na região sul, gerando emprego e renda, mas também reduzindo a pressão sobre a floresta nativa. “Preservar e plantar floresta é produzir depósito de carbono”, afirmou.
“As madeiras tradicionais da Amazônia estão caras e difíceis. Os produtores rurais estão tendo dificuldade, não tem licença ambiental, importam de fora. Essa indústria que usa eucalipto, plantado aqui mesmo em Vilhena, e faz tratamento, com garantia de dez anos, é importante. Está comprando, vendendo, movimentando a economia”, disse Confúcio Moura.
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Fonte
Texto: Mara Paraguassu
Fotos: Alex Leite
Secom - Governo de Rondônia
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