Segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 - 13h16
O nível do rio Machado sobe a cada hora e a previsão de muita chuva durante a semana aumenta os riscos de uma enchente superior a de 2005, da qual deixou mais de 500 famílias desalojadas.
Daniel Panobianco Para os institutos locais que não cogitavam a possibilidade de enchente este ano em Rondônia e até ditavam o contrário, com nível abaixo da média, a realidade aparece agora com uma elevação preocupante no nível do rio Machado, desde Pimenta Bueno, até o Distrito de Tabajara, em Machadinho d' Oeste. A situação mais critica por se tratar de uma área com maior concentração de pessoas fica entre Cacoal e Ji-Paraná, especialmente nesta última, que é dividida ao meio pelo rio.
A enchente em 2005 não foi a pior, porém, a combinação de tempo instável com chuvas constantes, elevou o nível do Machado para 11,83 metros no dia 6 de março, sendo que a cota de alerta permaneceu por 54 dias consecutivos, entre 14 de fevereiro e 8 de abril. Este foi o mais longo período em que o rio permaneceu acima da cota de permanência de 95%, acima dos 9,78 metros, segundo dados oficiais da ANA (Agência Nacional de Águas). Na ocasião, a enchente de 2005 alagou diversas comunidades ribeirinhas, especialmente entre Presidente Médici e Machadinho d' Oeste e Ji-Paraná foi uma das cidades mais castigadas pelo nível elevado da água. Segundo dados da SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil), cerca de 510 famílias ficaram desalojadas ou desabrigadas pela cheia. O excesso de chuva ainda abriu uma cratera na cabeceira da ponte prejudicando muito o tráfego na região.
Em 2006, o rio também subiu, atingindo 11,71 metros no dia 20 de fevereiro. Ao todo, foram 37 dias consecutivos com nível acima da cota de alerta, de 9,78 metros. Nesse ano, famílias residentes no bairro Urupá foram as mais afetadas pela enchente. Cerca de 150 ficaram desabrigadas ou desalojadas.
Em 2007 não houve enchente, apesar de o nível atingir 10,68 metros no dia 23 de fevereiro. Já em 2008, o mesmo pouco se alterou, não passando de 10,38 metros no dia 6 de fevereiro, sem influências significativas de alagamentos.
Esse ano, o rio demorou a subir, assim como também recordam moradores ribeirinhos que vêem agora, com as chuvas constantes e intermitentes, o medo por uma enchente mais grave. Em questão de 24 horas, o nível do rio subiu de 9,99 metros para 10,62 metros, uma significativa alta de 63 centímetros. Às 11 horas (local) desta segunda-feira, a régua da estação telemétrica da ANA marcava 10,81 metros. Outros postos de coleta de dados instalados em Espigão d' Oeste, Vilhena e Pimenta Bueno, mostram que o nível da água dos principais afluentes do Machado está acima do normal e como a previsão é de muita chuva nesta região na nesta semana, a expectativa é de que o nível do rio suba muito e em pouco tempo.
Ao contrário de outros rios de Rondônia, como o Madeira e Mamoré, o rio Machado sobe muito rápido devido ao leito natural e ao relevo mais acidentado na face leste da Chapada dos Parecis, entre Alvorada d' Oeste e Vilhena. Ao todo, são 19 municípios entre o Cone Sul, Zona da Mata e região Central, que alimentam as águas do rio Machado, sendo os principais, os rios Anta Atirada, em Rolim de Moura, rio Comemoração, em Vilhena, rio Pimenta Bueno, no município de mesmo nome, rio Mucuí, em Alvorada d' Oeste, rio Riachuelo, em Presidente Médici e rio Urupá, no município de mesmo nome. Toda a água desses rios, por regra passa por Ji-Paraná, antes de seguir o curso natural.
Como a previsão é de muita chuva durante esta semana, mais de 100 milímetros, segundo informações do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o temor é de que, ao atingir níveis ainda maiores, o rio Machado possa vir a desabrigar novamente em massa, famílias que residem em áreas vulneráveis às enchentes.
A COMDEC (Comissão Municipal de Defesa Civil) e o Corpo de Bombeiros Militar estão de sobreaviso para qualquer retirada de emergência das famílias. Mesmo com situação de enchente, que envolve riscos, muitas se recusam a sair de casa devido ao medo de saques e roubos.
Os alagamentos já são observados em ruas e casas que ficam às margens do rio. O ponto de maior preocupação, no momento, é de uma rua no bairro Urupá e a saída de emergência do Corpo de Bombeiros. Devido às chuvas dos últimos dias, as duas vielas que servem de saída da corporação estão alagadas, impossibilitando os mesmos de atenderem as ocorrências.
Com as obras de duplicação da ponte, muita lama se acumulou com as chuvas e pontos de atoleiro agora fecham a passagem por completo. Os tapumes que sustentam os funcionários dos dois lados da ponte foram reforçados nesta segunda-feira, devido à força da correnteza e o aumento considerável no nível do rio. Com uma subida de pouco mais de um metro, a água poderá atingir as ruas ao redor da construção atrapalhando a obra. Ao todo, Ji-Paraná tem aproximadamente 12 mil pessoas que vivem em áreas que são alagadas pelo rio Machado..
Fonte: Daniel Panobianco
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