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Especialistas discutem sobre aborto


 
“Deixa-me Viver” foi lançado oficialmente no Brasil. Vendas exclusivas em DVD

A produção cinematográfica rondoniense entrou para a história na quinta-feira (15). Após anos de investimentos e muita parceira, o desejo pela idealização, criação e promoção do filme “Deixa-me Viver” foi oficializada com o lançamento oficial no Brasil. O enredo trouxe à discussão um assunto que intriga diversos seguimentos da sociedade, principalmente da Igreja Católica, o aborto. A cerimônia aconteceu no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Ji-Paraná (RO).

O longa-metragem foi escrito, dirigido e protagonizado por Edson Dorigo, de Jaru (RO),e atriz coadjuvante Suelen Mendonça, de Criciúma (SC).  Dorigo falou sobre o trabalho:“É preciso conhecer o quão é importante buscar o desejo pelo reconhecimento da cultura brasileira, sobretudo do que é nosso, com forte contribuição de Rondônia”.

Foram investidos mais de quatro anos em gravações, produção e pós-produção no drama romântico. A edição foi feita pelo jiparanaense Antônio Marcos, que deixou sua cidade natal rumo aos Estados Unidos da América (EUA) exclusivamente para realizar a finalização do projeto. “Foi preciso coragem, nunca havia feito uma viagem do tipo. Mas, vejo que tudo o que investi recebe hoje reconhecimento”, reforçou.

 

PROJETO

O filme é uma obra independente, da Produtora Friend-Z Filmes, contou com mais de 40 atores e atrizes voluntários. O investimento foi de U$75 mil dólares para compra de equipamentos e reprodução de mídias.

A proposta da obra é repassar uma mensagem sobre o amor e a vida. A sinopse traz a história de Paula (Suelen Mendonça) que tem uma gravidez indesejada e o amigo Lucas (Edson Dorigo), que reaparece após anos sem encontro. Ela conta que pretende realizar um aborto, Lucas, por sua vez, tenta convencê-la a não abortar.

 

VENDAS                           

Em Ji-Paraná, está sendo comercializado nas Lojas Duart Som e Top Com Celulares. O investimento é de R$15.

 

TEMÁTICA MOTIVOU DEBATE EM JI-PARANÁ

Uma mesa redonda foi organizada para que autoridades eclesiásticas e profissionais do Direito e da Medicina pudessem falar sobre como sua instituição avalia e vê a ação de abortar.

O diretor do filme, Edson Dorigo, contou o porquê da escolha, de um assunto polêmico como norteador de sua criação. “Com esse tema posso expressar aquilo que sinto, que está em meu coração. E posso mostrar às pessoas que a vida é o mais importante”, avaliou.

O apresentador do Fala Rondônia, da RedeTV!, Marcelo Bennesby, conduziu o debate. Segundo ele, é importante discutir assuntos relevantes para o País. “O Código Penal está sendo revisado. Há alguns dias, o Senado manteve o aborto como crime, masconcedendoa possibilidade de que a mulher possa recorrer a ele sem que seja punida criminalmente”, falou.

“O aborto é um crime contra a vida do feto, e o tipo de condeção aplicada é a ex-comunhão”, informou a irmã Maria Conceição, representante da Igreja Católica. O pastor da Igreja Missionária Unida do Brasil (Imub) compartilhou do pensamento e lembrou a frase de Jesus Cristo: “Eu sou o caminho a verdade e a vida”. “Então nós cremos nela e iremos trabalhar com toda a nossa força para que ele (aborto) seja uma prática abolida”, complementou.

 

SAÚDE

O abortamento é uma prática proibida no Brasil, o Código Penal prevê apenas duas exceções: risco de morte da gestante e gravidez resultante de estupro. Mesmo assim, em alguns casos, pode causar perigo para mulheres que decidem interromper a gestação.

 “É uma das principais causas de internação, é um ato cirúrgio a resolução do aborto e realmente traz consequências muito danosas às mulheres,levando até a morte”, informou o médico obstétra e ginecologista, Demátrio Bidá Junior, integrante do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia.

 

OPINIÕES DO DIREITO

O professor universitário, atuante na área de concentração de Filosofia do Direito (Hermenêutica Jurídica), Fabrício Zannin, disse quetrocaria o título do filme para “Deixa-me Escolher”, “É preciso mudar o foco do feto, da criança, para a mulher. Há muitas convenções internacionais sobre os Direitos Humanos que dão a ela esse direito”, opinou.

“Acredita-se que usando o Direito Penal, criminalizando certas condutas a gente consiga evitar que às pessoas não façam suas próprias escolhas. Nao é o esse direito que vai resolver isso. Não é a criminilização dessa conduta que vai diminiuir ou aumentar o número de abortos no Brasil e no mundo”, finalizou a professora Mariana Inácio, especialista em Ciências Criminais e Penais.

 

 FICHA TÉCNICA:

De Jaru (RO), Edson Dorigo (autor/diretor/ator)

De Criciúma (SC), Suelen Mendonça (atriz coadjuvante),

De São Paulo (SP), Elouise Galindo (co-direção),

De Curitiba (PR), Alessandro Vieira (diretor de imagens/fotografia),

O americano, Frank Cardoso (produção),

De Recife (PE), Carla Soares (pré-edição),

De Belo Horizonte (MG) Tiago Lima (composição e interpretação da trilha sonora “O Tal Exato”),

De Ji-Paraná (RO), Antônio Marcos (edição e finalização),

De Ji-Paraná (RO), Paulo Tubaína (artes gráficas),

De Ji-Paraná (RO), Etiene Gonçalves (comunicação e marketing).

 
Fonte: Etiene Gonçalves

 

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