Sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 - 19h59
Com a intensificação das chuvas pluviais que acabam acumulando água parada, aumentam também os casos de Dengue que preocupam as autoridades a se mobilizar no sentido de mobilizar a população para o combate à procriação do mosquito transmissor da doença. Como em todos os anos, com a chegada da estação de inverno amazônico durante os 03 últimos meses e os 03 primeiros meses do ano a tendência é o aumento nos casos de contágio pelo vírus da dengue e a necessidade de ações preventivas mais intensas contra o foco de disseminação do mosquito transmissor do vírus, o Aedes aegypti.
De acordo com relatório elaborado pelo setor de Endemias, no mês de setembro, em pleno verão amazônico o indice de infestação predial ficou em 1,31 já em dezembro foi para 1,38. O bairro de maior infestação do mosquito e da dengue ainda é o centro, que mantém um indice de infestação predial de 3.51 e o Bairro Liberdade foi o que apresentou o menor indice 0,68.
De acordo ainda com o relatório, o Pneu ainda é o depósito de maior predominância de criação do mosquito, depois aparece os tambores, tanques e barris, em 3º colocado aparecem as caixas d´água.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Apesar de todos os esforços da equipe de endemias na conscientização e de eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, que inclusive conseguiu reduzir algumas áreas de risco com o telamento de fossas, o número de casos de contágio da doença nestes últimos meses continua crescendo e preocupando as autoridades.
De acordo com o responsável pelo setor de controle de Endemias, José Geltrudes "Pelezinho", o quadro ainda está longe de ser controlado. "O trabalho de combate ao mosquito hospedeiro do vírus precisa ser ainda mais intensificado, não apenas por ações da equipe da Endemias, mas de toda a população diretamente responsável pelo cuidado com o entorno de sua residência", relata Pelezinho.
Fonte: JornalConeSul
Ele ainda lembra que o mosquito se reproduz em água parada e "limpa", a sua multiplicação é muito grande em locais em que as latas vazias, garrafas e recipientes que acumulem água fiquem jogados no quintal sem uma prevenção", declara Pelezinho. Os sintomas da doença podem aparecer entre dois dias e duas semanas, em média. Geralmente são mais leves nas crianças do que em adultos e seu quadro é bastante parecido com o de uma gripe, porém mais debilitante. Costuma apresentar febre alta - acima de 39 graus -, cefaléia, dores na região atrás dos olhos, costas, pernas e articulações. Algumas pessoas também relatam cansaço e fraqueza muscular, insônia, náuseas, perda de apetite e alterações de sensibilidade da pele.
Manchas vermelhas também podem surgir nos primeiros dias, vindo a cocar e descamar posteriormente. Os sintomas em geral costumam regredir e retornar no período entre dois e três dias, porém algumas seqüelas podem persistir por semanas. Na forma hemorrágica, a mais grave da doença, ocorre alteração no sistema de coagulação sanguínea, que pode ocasionar hemorragias no nariz, boca e sistema urinário e gastrintestinal. Embora raro, o risco de morte neste tipo da doença pode ocorrer em virtude da possibilidade de uma baixa da pressão, seguida de choque.
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