Sexta-feira, 9 de agosto de 2013 - 12h30
Com um custo em torno dos R$200 mil reais, a Escola Pay Gap conta com duas salas de aula, banheiros adaptados à acessibilidade, pátio coberto e cozinha, e foi toda mobiliada para abrigar os 52 alunos da aldeia, que dista doze quilômetros de Nova Colina, distrito de Ji-Paraná.
“É uma honra muito grande. Foi muita luta, porque entrava e saia governo e a escola não vinha. Minha aldeia está feliz com isso”, disse o cacique Pedro, líder de uma comunidade com 69 pessoas. “Não adianta o índio ir para a cidade e falar a língua dele para que ninguém o entenda”, afirmou. “O governo está mais perto e está nos ouvindo. Está de parabéns pelo trabalho e por enxergar nossa realidade”, completou o cacique, exaltando o governador: “O que você prometeu para mim, você está cumprindo”, disse, afirmando ainda que quer ser parceiro do governo.
FESTA E AGRADECIMENTO
Para prestigiar a festa, a comunidade toda reunida também recebeu a visita do cacique Francisco Chagas Arara, que reside na Aldeia Cinco Irmãos, distante 14 quilômetros. Durante a solenidade, os alunos indígenas também apresentaram cantigas e danças com os temas ‘Educação em primeiro lugar’ e ‘Sonho realizado’, com poesias que trataram sobre a importância do ensino; a força do aprendizado e a construção de um futuro melhor; o carinho pelas crianças e o respeito aos idosos; o amor e a solidariedade. Ao final das apresentações, o governador Confúcio Moura pediu os poemas para guardar como recordação.
MANUTENÇÃO DA CULTURA
Ao se dirigir aos presentes, Confúcio Moura disse que quer continuar construindo escolas de boa qualidade para as comunidades, destacando que, no caso das escolas indígenas, elas contam com um diferencial positivo, a manutenção da língua tradicional e o ensino do 1º ao 5º anos com professores indígenas das próprias comunidades e, do 6º ao 9º anos com professores estaduais. “Isso faz com que se mantenha a cultura”, disse o governador, afirmando estar muito satisfeito com a entrega da escola. Ele interagiu com as crianças e anunciou que já está sendo verificada a ampliação para o ensino médio indígena, a ser futuramente implantado na sede do distrito de Nova Colina.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
O governador também disse que vai viabilizar junto às aldeias a integração dos serviços de assistência técnica e extensão rural, que são realizados pela Emater-RO, de forma que as comunidades indígenas possam produzir seus produtos agrícolas com maior qualidade. “Temos que cooperar para o fortalecimento dessas comunidades, bem como para aumentar o seu nível de conscientização”, disse, exemplificando que o município de Guajará-Mirim já elegeu dois vereadores indígenas.
MAIS ESCOLAS
A secretária Isabel Luz, da Educação, afirmou que são doze escolas indígenas em Ji-Paraná, sendo que cinco são novas, sendo quatro do povo Gavião e uma do povo Arara. As cinco escolas foram orçadas em R$ 940 mil, com recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação e contrapartida do governo. “Até o final do ano estaremos entregando vinte escolas”, disse, anunciando mais dezesseis escolas que serão construídas com recursos das compensações sociais das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, além de outras duas escolas para o ensino integral, com padrão do MEC, para o município de Ji-Paraná.
PEDIDOS DAS COMUNIDADES
Isabel Luz informou que promoveu, na última semana, uma reunião na Capital que contou com a participação de 50 caciques das diversas etnias existentes no Estado, quando ouviu as reivindicações de cada um, acompanhada ainda do representante dos povos indígenas, o procurador federal Reginaldo Trindade. Ela disse que ficou surpresa, na ocasião, com a presença de três mulheres que chefiam aldeias. Entre as reivindicações que foram apresentadas, está a solicitação do ensino médio para algumas aldeias; infraestrutura; além de veículos e equipamentos para atender as escolas. Ela disse que está fazendo o possível para atender as reivindicações e anunciou a retomada do Projeto Açaí, de formação de professores, bem como a realização de concurso público para contratação de professores indígenas.
O prefeito Jesualdo Pires, de Ji-Paraná, que acompanhou a comitiva, afirmou que o governo vem trabalhando para manter o respeito às etnias indígenas existentes, mantendo o cuidado para a preservação e o resgate da cultura dessas comunidades. Ele também aproveitou para anunciar que estará implantando uma casa de apoio ao estudante indígena, na sede do município. “Temos que destacar a importância desse governo na mudança do futuro dessas crianças indígenas e a importância das políticas públicas quando elas atendem a todos”, disse.
OBRAS
“Por conhecer o governador Confúcio Moura há muitos anos, posso afirmar que ele está emocionado por entregar essa escola e pela homenagem que está recebendo dessas crianças”, disse o deputado Euclides Maciel, parabenizando ao governador e ao secretário Romildo Pereira pelos trabalhos que estão sendo executados na região de Ji-Paraná, como a pavimentação de ruas; a regularização do ‘Canal da Cidadania’, e a construção de casas populares.
Os coordenadores educacionais que trabalharam para a realização das escolas indígenas também receberam os agradecimentos do deputado Edivaldo Soares, que destacou o momento diferente que a cidade de Ji-Paraná está vivendo em função do número de obras e a qualidade dos trabalhos que o governo está realizando.
Também prestigiaram a solenidade o vereador Joaquim Teixeira, representando a Câmara Municipal; o vereador Edilson Teixeira; o secretário regional de Ji-Paraná, Romildo Pereira; o coordenador regional de Educação, José Antonio Medeiros Neto; a coordenadora das escolas indígenas, Dalva de Oliveira Santiago; além do ex-prefeito de Médici, José Ribeiro.
Fonte: Mirian Franco
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