Quinta-feira, 29 de novembro de 2007 - 11h54
Pela segunda vez em menos de 6 horas de intervalo, um novo temporal sacudiu parte de Ji-Paraná provocando novos alagamentos. E a previsão é de muita chuva até o inicio da próxima semana.
Daniel Panobianco - O temporal que atingiu parte da cidade de Ji-Paraná no inicio da tarde de ontem provocou, além de alagamentos e congestionamento no trânsito, muita dor de cabeça em quem sofre todos os anos com a subida da água. Alguns bairros não possuem a vazão necessária de escoamento das águas pluviais, ou os bueiros existentes estão entupidos até a tampa com lixo e terra. O resultado não pode ser diferente, se não o transbordamento dos pontos em declive e conseqüentemente, os alagamentos de residências e estabelecimentos comerciais.
Um dos bairros mais afetados pelo temporal foi o Jardim Primavera, naturalmente mais baixo que os demais. Os diversos córregos que cortam toda a cidade não suportaram a vazão das águas, que logo invadiram quintais derrubando muros e arrastando parte do chão de algumas casas. No mesmo bairro, uma casa não suportou a força da enxurrada e veio ao chão desabrigando pelo menos, 5 pessoas.
No final da tarde, um novo temporal atingiu praticamente todo o município, com maior intensidade na Zona Oeste, Primeiro Distrito, onde também houve registro de alagamentos.
A administração municipal sempre culpa a dimensão da chuva pelos transtornos causados á população, mas levando-se em conta o volume de chuva registrado nessa tormenta - apenas 25 milímetros - os estragos foram bem inferiores aos habituais registrados todos os anos.
Um volume de chuva de 25 mm acumulado em uma hora é considerado como moderado e não forte, porém, dependendo da intensidade da pancada, algumas enxurradas mais fortes podem ocorrer ocasionalmente, mas não no caso de ontem.
A verdade é que Ji-Paraná está saturada de tanta obra, tanto buraco aberto nos quatro cantos da cidade e agora que o inverno amazônico já começou, a desculpa não pode ser destinada a outro, senão, ao tempo.
Ainda não tivemos uma chuva de grandes proporções em Ji-Paraná. A população que agora sofre com os primeiros alagamentos está com 'sorte' pois o tempo severo do rigoroso inverno amazônico e que todos conhecem muito bem ainda não chegou. Em alguns anos, os totais de chuva na cidade superam a marca de 100, 130 mm em poucas horas, como no caso do temporal que assolou a cidade no dia 27 de março de 2005, em que várias famílias ficaram desabrigadas. O pior ainda não aconteceu em Ji-Paraná.
Como na cidade não existe Defesa Civil regulamentada - o que é novidade para muita gente que se orgulha de ver a imprensa local ditando as ações da mesma quando o rio Machado enche - não há para quem recorrer no caso de uma necessidade maior. Em Ji-Paraná existe sim, uma Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC), o que é uma vergonha para uma cidade desse porte e com sérios problemas, principalmente na época de enchente. Essa é a verdade, Defesa Civil em Ji-Paraná só aparece na mídia quando ocorre enchente no Machado. Em situação isolada, casos sem repercussão no geral, mas que a população sofre da mesma forma, em nada adianta fazer pandemia com acontecimentos chamados pelos governantes de 'coisas do cotidiano'.
São nesses pequenos problemas, ou nas 'coisas do cotidiano', que muitas famílias perdem seus pertences, muitas vezes com resolução possível de se efetuar.
Previsão de muita chuva
Diversos centros de pesquisas de âmbito nacional e não local, orientam as comissões municipais de Defesa Civil para o risco de alagamentos e desabamentos de encostas e morros nos próximos dias em vários Estados brasileiros, inclusive em Rondônia.
Na sua página de alertas na internet, o CPTEC/INPE adverte para acumulados significativos de precipitação em Rondônia, o que de imediato gera transtornos à população.
A maioria dos modelos de previsão numérica colocam até 200 milímetros de chuva acumulados em apenas 7 dias, o que corresponde a mais de 90% de todo o volume de chuva esperado para a região em novembro.
Não só Ji-Paraná que agora sofre com as fortes chuvas e a falta de infra-estrutura, mas outras cidades, inclusive a capital Porto Velho, podem receber muita água até o inicio da próxima semana, segundo o que alertam os mesmos dados dos institutos.
Dados: CPTEC/INPE - Corpo de Bombeiros/Ji-Paraná – Wyoming - Fonte:Daniel Panobianco - De Olho no Tempo
O Parque da Cidade, palco do Natal Porto Luz, contará com uma programação recheada neste fim de semana. Além do espetáculo de luzes e cores da decoraç
Estudantes de engenharia e arquitetura visitam as obras da nova rodoviária da capital
Estudantes dos cursos de engenharia e arquitetura de duas faculdades da capital, realizaram uma visita às obras do novo terminal rodoviário de Porto V
Conselho Municipal de Saúde afasta AMATEC e nomeia novos membros de mesa diretora
O Conselho Estadual de Saúde, aprovou por maioria de seus membros, através da Resolução nº 90/2024/CMSPV/SEMUSA, na segunda-feira, 18 de novembro de
A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), tem trabalhado de forma intensiva para manter e melhorar a estrutur