Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 - 12h49
Mais de cinqüenta mil moradores sofrem com a falta de água potável nas residências, comércios, escolas, hospitais, igrejas e órgãos públicos instalados em Ji-Paraná. A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd, estatal do governo estadual, nem explica, nem divulga os motivos ou rações do racionamento prejudicial à população.
A falta de água potável em Ji-Paraná é uma espécie de paradoxo: regime de seca numa área geográfica onde alterações no tempo metereológico causam aumento dos milímetros de chuvas diárias e onde aumento no nível de águas do rio Machado, que divide a cidade em dois distritos, ameaça deixar centenas de famílias desabrigadas ou desalojadas.
O racionamento, que acontece desde dezembro do ano passado, gera críticas múltiplas contra o governo Confúcio Moura (PMDB), Ministério Público, vereadores e deputados estaduais.
Os antecedentes versando sobre ações de quadrilhas de saqueadores dentro da Caerd, em governos anteriores, estabelecem questionamentos sobre eventuais desvios de hipoclorito de sódio, carbonato de sódio ou barrilha e hidróxido de alumínio, usados no tratamento da água, antes do fornecimento aos consumidores. Esses produtos químicos estariam sendo desviados para empresas particulares. A falta de água não diminui o valor das faturas emitidas contra os consumidores.
A reportagem tentou ouvir explicações da Caerd. Mas nenhum funcionário atendeu ao telefone 0800 647 1950, disponibilizado para atendimento à população. (A/J).
Fonte: Abelardo Jorge
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