Segunda-feira, 9 de setembro de 2013 - 16h05
(Por Giliane Perin)
Em 17 de novembro de 2003 é fundada a ASSDACO, uma instituição filantrópica formada com o objetivo de construir e administrar o Hospital São Daniel Comboni. A Associação Assistencial à Saúde São Daniel Comboni conta com 12 membros para a diretoria, que são eleitos a cada três anos e 39 sócios fundadores, todos voluntários e que nunca ganharam nada para estar à frente de uma empreitada como esta. Atualmente A ASSDACO tem como presidente o médico Dr. Claudemir Borghi.
Além de oferecer serviços para o tratamento do câncer, seja quimioterapia, radioterapia, consultas oncológicas, campanhas e exames preventivos, o Hospital São Daniel Comboni pretende se tornar uma referência para a região norte em Cardiologia.
Desde a idealização do seu projeto, por Padre Franco Vialetto, o São Daniel Comboni, sendo um Hospital Filantrópico, sem finalidades lucrativas, passou a contar com o apoio de lideranças políticas, empresários, maçonaria, Governo de Rondônia, ONGs italianas, mas principalmente, da população de Cacoal e dos demais municípios de Rondônia, e até mesmo de outros estados vizinhos, que se empenharam através de doações, promoções, mutirões, além de apoio através de mão de obra para a construção do hospital.
À ASSDACO cabe administrar toda a ajuda e os recursos recebidos, garantindo, a cada dia, que o hospital se mantenha firme em seus propósitos. O que tem dado certo.
O atual governo de Rondônia firmou um convênio com o Hospital para o repasse de R$1.800.000,00 através de 5 parcelas de R$360.000,00. Através deste repasse o Hospital São Daniel Comboni tem realizado os procedimentos de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, além das consultas médicas. Para se ter uma idéia até o presente momento mais de 1.500 pacientes já foram atendidos ou tratados pelos profissionais da equipe oncológica do Hospital. Todos os pacientes que tem procurado o São Daniel Comboni e são diagnosticados com algum tipo de câncer, estão recebendo o tratamento de forma gratuita e imediata.
“Tentamos tratar meu esposo fora, mas a gente não teve condições financeiras de continuar o tratamento. Se não houvesse o hospital aqui em Cacoal, meu esposo teria que ficar sem tratamento. Aqui nós fomos muito bem tratados, com educação e delicadeza. Além disso, estão providenciando uma casa de apoio para a gente ficar inclusive com alimentação. Estamos muito agradecidos com o pessoal do Hospital São Daniel Comboni” agradeceu dona Luzia de Alta Floresta D’Oeste.
“Quando trouxe meu pai para o Hospital São Daniel Comboni em julho, o atendimento e tratamento foram imediatos, quimio e radioterapia. A qualidade do hospital e o atendimento são excelentes. Não vimos nada igual, por nenhum outro lugar que passamos. É de primordial importância Rondônia e região ter um hospital como este. Muitos hospitais dos grandes centros estão aquém das necessidades dos pacientes”, ressaltou Sérgio, filho do Sr. Edvaldo, 65 anos de Colniza – MT.
Para se ter uma idéia da qualidade do Hospital São Daniel Comboni, de acordo com Luciano Schwanck Lopes, Físico Médico do hospital, o aparelho utilizado no tratamento de radioterapia, o Acelerador Linear é de alta tecnologia e considerado um dos melhores do país.
“Estava em tratamento em São Paulo e passei a fazer meu tratamento em Cacoal pela facilidade e para evitar o desgaste da viagem à São Paulo. Além disso, o Hospital São Daniel Comboni já é uma referência nos outros estados, é muito bem visto. E agora, me tratando aqui, posso falar que o Hospital São Daniel Comboni não fica nem um pouco abaixo do que existe lá fora. Toda a equipe do hospital, toda a estrutura é de excelente capacidade. Estamos orgulhosos de ter um hospital como este em Cacoal”, exclamou Getúlio Ragnini, pecuarista e pioneiro de Cacoal.
Credenciamento junto ao SUS
Após a vinda do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em 2011, os cacoalenses, rondonienses e moradores de estados vizinhos aguardam ansiosos o credenciamento do Hospital São Daniel Comboni junto ao Sistema Único de Saúde, SUS. De acordo com o presidente da ASSDACO, Dr. Claudemir Borghi “faltam concluir algumas alas e preencher alguns requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde, mas tudo se encaminha para a efetivação do credenciamento, uma vez que, atualmente, contamos com o grande apoio do Hospital Regional de Cacoal que nos dá retaguarda para as cirurgias e internações em U.T.I”, explicou.
Porém, mesmo após o HSDC estar credenciado junto ao Sistema Único de Saúde, a população, os poderes públicos, lideranças políticas e empresários precisarão continuar contribuindo com o Hospital do Câncer de Cacoal, uma vez que o SUS custeia entre 50% e 60% dos gastos. A ASSDACO não poderá deixar de contar com as promoções, leilões e demais eventos em prol do HSDC para mantê-lo como uma referência para Rondônia.
Transferência dos Hospitais municipais para o São Daniel Comboni
Em relação a transferência dos hospitais municipais para o São Daniel Comboni, o presidente da ASSDACO, explicou. “Nunca fomos contrários em ajudar o Município, mas tudo tem que ser feito com muito critério. Somos pessoas responsáveis, que nunca ganhamos nada para estar à frente desse projeto e isso tem que ser dito e valorizado. Somos pessoas abnegadas que dispõe de seu tempo para, também, se dedicar ao Hospital. Muitos não sabem disso e ainda criticam a Associação. Na realidade estamos tentando proteger um projeto grandioso, que, sem dúvida, será reconhecido no futuro. Queremos apenas que as pessoas que procurem o Hospital possam ser tratadas de maneira humanizada e com qualidade de atendimento. Não queremos que nada possa interferir negativamente para o possível credenciamento do Hospital com o SUS. Na realidade apenas queremos uma garantia que o Município realmente se preocupe com a melhoria da saúde das pessoas e nos garanta que assim o fará”.
Na opinião de Neide Aparecida Ruiz Ragnini, esposa do paciente Getúlio Ragnini, o poder público municipal não deve transferir os hospitais municipais para o HSDC. “O município não pode tomar posse de uma estrutura como esta, que foi construída pelo povo. O povo já paga impostos suficientes, o poder público não pode tomar posse do que o povo constrói. Nós sabemos a situação do município, sabemos do sofrimento. Mas a questão não é mudar apenas a estrutura física, precisa mudar o funcionamento do sistema, investir e valorizar os funcionários e humanizar o atendimento. Além disso, os pacientes de câncer estão fragilizados, com a imunidade baixa, precisam de um espaço como este, tranqüilo. Por isso acredito que além de a transferência dos hospitais municipais para cá não ser a solução, acho que vai interferir no tratamento dos pacientes com câncer.
Getúlio Ragnini complementou a fala da esposa.“O povo fez este hospital com um objetivo: tratar o câncer! Agora o poder municipal que faça a parte dele. Ninguém quer desmerecer a iniciativa e o mérito do Padre Franco ao idealizar este hospital. E é bem por isso que agora ele não pode fugir deste ideal que era construir um hospital para o tratamento do câncer e torná-lo uma referência”.
Fonte: Marcelo Nery
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