Segunda-feira, 11 de julho de 2011 - 14h17
A proposta é aumentar em 40% a produção e qualidade do leite, com investimentos nas sanidades do rebanho e melhoria nos currais e ordenhadeiras, nas pastagens e recuperação de áreas degradadas, melhorando a infraestrutura a genética, transferência de embriões e inseminação artificial, sob a orientação dos técnicos da Emater. Os juros são de 1% ao ano e dependendo da modalidade do financiamento pode variar em até cinco anos de carência.
O secretário Anselmo de Jesus esclarece que tanto para o pequeno produtor de leite, como para as agroindústrias, a modalidade de financiamento é a mesma. Estes acordos de cooperação entre o governo do Estado e instituições financeiras visam fortalecer a pecuária leiteira e agroindústrias por meio de injeções de créditos oficiais. O Governo Federal está disponibilizando R$ 16 bilhões para Agricultura Familiar, e o Estado de Rondônia está inserido no programa.
Agroindústrias
Rondônia possui experiências bem sucedidas em parcerias entre pequenos produtores rurais e instituições governamentais, em se tratando de agroindústrias. A secretaria de Agricultura do município de Ariquemes, na administração do ex-prefeito e atual governador Confúcio Moura, deu início ao processo de agroindustrialização da produção primária. Hoje, já são 49 agroindústrias em Ariquemes e 13 nos municípios de Monte Negro, Cacaulândia e Rio Crespo, que recebem acompanhamento técnico dos funcionários da secretaria de Agricultura, e selo de inspeção, garantindo a origem e a qualidade.
Segundo o Coordenador do Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária (Prove), do município de Ariquemes, programa este que será implantado no Estado, Élio Kreuzberg, tudo teve início em 2006, na primeira administração de Confúcio Moura. Atualmente beneficia diretamente mais de 2 mil pessoas na região. Élio Kreuzberg lembra que ali, por uma série de fatores, a população no campo aumentou ao contrário de outros municípios onde o êxodo rural cresceu.
Padronização
A secretária de Agricultura do município de Ariquemes, Mary Terezinha Braganhol, defende a tese de que o selo “Prove” deve ser unificado em todo o Estado para facilitar a vida dos pequenos e médios produtores rurais, assim como para facilitar o comércio entre os municípios do Sul do Norte e da região central do Estado.
Nas gôndolas das padarias, supermercados, lanchonetes e pizzarias, os produtos das agroindústrias de Ariquemes dividem espaço e mercado consumidor ao lado de marcas conhecidas em todo o território nacional. No entanto, por questões muito mais de ordem burocrática do que técnica, estes produtos são impedidos de ser comercializados em outras regiões do Estado. Com a unificação do selo “Prove”, essas barreiras desaparecem.
Um diagnóstico do Sebrae e Secretaria de Agricultura do município de Ariquemes, feito em 2010, revela que somente a área rural gerou bruto naquele ano R$ 3,5 milhões.
Resultados
Produtor rural que pedalava uma bicicleta e tinha um ganho em torno de R$ 500 por mês, passou faturar acima de R$ 2 mil e desfila hoje de camioneta S-10.
Dona Ana Dilza Barbosa Rodrigues trabalha numa área de 2,5 hectares, industrializando 18 qualidades de polpas de frutas, entre cultivadas e nativas, tendo como carro-chefe o cacau, maracujá e acerola. Gera quatro empregos diretos e mantem em média 18 mil quilos de polpas em estoque numa câmara-fria a 20 graus negativos. Fornece para a prefeitura de Alto Paraiso e uma rede de supermercados na capital. Ela conseguiu o “SIF” no Ministério da Agricultura, por isso pode comercializar seus produtos no âmbito de outros municípios.
O pomar de frutas de dona Ana, no período de estiagem recebe irrigação permanente mantendo-se em perfeitas de condições para produzir o ano inteiro. Dona Ana, diz que está satisfeita com a sua produção e ainda adquire produtos de outros 20 pequenos agricultores. Dona Ana, só não gosta, mas respeita, a vista indesejada de papagaios, macacos e maritacas que visitam os pés de goiabeiras no fundo de sua área cultivada. A orientação dela é de não maltratar os bichinhos.
Numa área de 5 hectares, José Martins de Silva, produz por dia 60 quilos de rapadura, que são comercializadas no mercado local, em média a R$ 5 o quilo. São R$ 300 diariamente que multiplicado por 30 – ele trabalha direto aos sábados e domingos – rende um faturamento de até R$ 9 mil. Descontados os salários de dois filhos que trabalham com, mais outras pequenas despesas, sobram-lhe, livres, em torno de R$ 3,5 mil mensais.
José Martins da Silva foi um, entre as dezenas de produtores rurais beneficiados em 2006 pelo Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária (Prove), criado e incentivado pelo então prefeito Confúcio Moura. Hoje, está ampliando a indústria para produzir melado e açúcar mascavo.
Outro que não tem do que se queixar, e briga na defesa do programa, é Laudisvaldo Pereira de Oliveira, que em parceria com outros 20 pequenos produtores de leite montou uma agroindústria para produzir queijo, mussarela, manteiga e doce de leite. Com a esposa e dois filhos, tudo o que produz é comercializado na região. Laudisvaldo que andava de bicicleta, agora dirige um Fiat Uno, uma moto e vai adquirir uma S-10, enquanto amplia as instalações da fábrica de produtos lácteos.
A expectativa do governo é de que o acordo a ser firmado na próxima sexta-feira, indiscutivelmente transformará para melhor a vida de centenas de pequenos e médios produtores rurais. A propósito, como afirmou a produtora rural, Geralda Grimara, “nunca neste Estado o pequeno produtor foi valorizado como está sendo agora”.
Fonte: Decom
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