Segunda-feira, 27 de abril de 2009 - 12h20
No pior estilo repressor da ditadura militar, o governo do Estado tenta impedir qualquer manifestação contrária às práticas abusivas da administração Cassol. Em total afronta à Constituição Federal, que há 20 anos garante ao cidadão o direito e a liberdade de expressão, o governo estadual manda prender e espancar quem ousa discordar dos absurdos que acontecem, principalmente na educação.
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Mais uma demonstração da truculência e do absolutismo com que o Estado de Rondônia é governado ocorreu na quinta-feira, dia 23/04, em Ouro Preto D’Oeste, distante 340 km de Porto Velho, quando, por ordem do governo estadual, a professora Mauriza Alves Nascimento foi presa por tentar manifestar o descontentamento dos trabalhadores em educação.
Mauriza é diretora da Regional Centro II do Sintero e pretendia expor faixas com frases de protesto pelo fato do governador Ivo Cassol ter negado reposição de perdas salariais da categoria alegando os efeitos da crise mundial. Alguns dias antes o governador havia reajustado o próprio salário, do vice-governador, de todos os secretários e dos adjuntos em 25%.
Também foi concedido reajuste a detentores de cargos no alto escalão do governo e aos defensores públicos. Além disso o governo mantém mais de 7.000 cargos comissionados, de livre contratação, sem concurso público, com salários que possuem como teto o valor pago ao governador, de R$ 15 mil.
A repressão à manifestação da diretora do Sintero ocorreu na Escola 28 de Novembro, onde o governador Ivo Cassol participaria de uma atividade. Embora o calendário escolar esteja apertado devido ao atraso de um mês no início das aulas, os alunos foram dispensados de suas atividades para servirem de platéia para Cassol.
A professora Mauriza registrou ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Ouro Preto D’Oeste sob número 1.110-2009, mas não tem certeza de que o abuso de autoridade denunciado será apurado. “Mesmo sabendo que nenhuma providência contra esse abuso será tomada, não nos calaremos. Onde for preciso e em qualquer situação estaremos lá, manifestando o nosso repúdio contra esse governo ditador. A educação nunca foi tratada com tanto descaso em Rondônia”, desabafou.
Fonte: Ascom
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