Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009 - 08h07
Com o enfraquecimento das chuvas no centro-sul do Estado, o nível do rio Machado baixou 7 cm nesta quinta-feira. Mesmo com um breve recuo, a enchente prossegue aumentando o número de desabrigados e desalojados no município.
Daniel Panobianco – Nesta quinta-feira não choveu em nenhum rio afluente do rio Machado na região da Zona da Mata e centro-sul rondoniense, ao contrário das previsões de muita chuva divulgada pelos institutos. Por isso, o nível que há uma semana só vinha aumentando a cada dia, parou na marca de 11,45 metros e caiu para 11,37 metros no final da noite, de acordo com dados da estação telemétrica da ANA (Agência Nacional de Águas).
Mesmo com uma breve pausa de aumento, a situação ainda é preocupante. Grande parte dos bairros atingidos ainda está submersa. Algumas casas estão com água até 2 metros de altura próximo ao leito do rio.
Em boletim parcial, a COMDEC (Comissão Municipal de Defesa Civil), já retirou aproximadamente 60 famílias das áreas inundadas e mais de 300 pessoas ao todo estão desalojadas ou desabrigadas. Já o número de atingidos pela enchente, sejam aqueles residentes em bairros que alagaram ou que utilizam algum percurso debaixo d’ água, já passa de 10 mil moradores. Na zona rural a situação é bastante critica. Córregos e riachos não estão dando vazão à água. O nível do rio provoca o “refluxo”, quando a água retorna ao sentido contrário do leito natural.
Os bairros mais atingidos pela enchente são o Duque de Caxias, São Francisco, Urupá, Jardim Presidencial, Dom Bosco e o Centro, onde o igarapé Dois de Abril continua inundando parte da Avenida Vilagran Cabrita e arredores.
Em nota enviada à imprensa e a prefeitura de Ji-Paraná, o SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) ressalta que a enchente irá piorar, pois deve chover muito na cabeceira do rio. Ainda na mesma, os pesquisadores apontam os dados de extremos e históricos de cheia no rio Machado. Segue a nota:
“A cheia do rio Machado, causada pelas chuvas intensas que caíram sobre a região central de Rondônia no período de carnaval, ainda deve prosseguir até o próximo domingo. Segundo o estudo dos analistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o evento foi causado por frente fria vinda do sul e que ainda está sobre Ji-Paraná. “A bacia do rio Machado é pequena e responde rapidamente aos eventos de chuva. Como há previsão de chover até domingo, mantemos o alerta para a população que vive às suas margens”, revela Ana Cristina Strava, Coordenadora de Operações Integradas do Sipam.O acumulado de chuva nos últimos sete dias foi de 50 milímetros na região onde, segundo a defesa civil estadual, pessoas tiveram que se deslocar por causa da enchente do Machado. De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do rio nessa quinta-feira (26) chegou a 11.36 metros, próximo à máxima histórica de 11.55, registrada em 1977.”
A informação do instituto sobre a bacia pequena do rio está correta. O rio Machado, que começa a se formar nos rios Barão de Melgaço e Comemoração, ambos em Vilhena, para só depois formar o rio Pimenta Bueno, possui não mais que 500 quilômetros até chegar a Ji-Paraná. No entanto, outros rios são fundamentais para a ocorrência de enchente na cidade, como o Rolim de Moura, Anta Atirada, Riachuelo, Muqui, Urupá e Acangapirangá.
Porém, os dados apresentados pelo instituto, usados como fonte de referência o CPRM, sobre o nível atual desta quinta-feira e o valor histórico de cheia no Machado, são incorretos.
Nesta quinta-feira, ao contrário do divulgado na nota, com nível de 11,36 metros, o rio Machado atingiu 11,45 metros, pelos dados oficiais da ANA. O mesmo valor foi confirmado pela equipe do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, que também dispõem de uma régua às margens do rio.
Já o valor histórico de 11,55 metros registrados em 1977 chega a ser irônico. Qualquer morador de Rondônia e, principalmente de Ji-Paraná, lembra-se muito bem quando ocorreu a maior cheia na cidade. Foi em fevereiro de 1986, quando o nível máximo atingiu a impressionante marca de 15 metros. Na ocasião, a força das águas invadiu a cidade inundando 50% do que é hoje o Segundo Distrito da Cidade. A cheia do Machado atingiu praticamente toda a Vila Jotão chegando até o inicio da Avenida Brasil, já no bairro Nova Brasília. Tamanha foi a brutalidade da correnteza, que a rodovia BR-364, sentido Presidente Médici, já no Segundo Distrito, desapareceu por 5 dias consecutivos. As fotos em arquivo de 1986 ditam a verdadeira maior enchente já vista em Ji-Paraná. Em 2005 a enchente atingiu 11,87 metros e em 2006, 11,71 metros, também causando muitos transtornos à população
Fonte: De Olho no Tempo - Daniel Panobianco |
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