Sexta-feira, 19 de abril de 2019 - 11h12
Membros da sociedade organizada de Rolim de Moura se reuniram no auditório do Teatro da Praça Céu das Artes, na tarde de quarta-feira (17/04) para conhecer o Projeto Amor Resgate (PAR), que tem como objetivo principal a retirada das pessoas da situação de rua reinserindo-a na família e na sociedade. A apresentação foi realizada por João Meneguitti Filho, coordenador do Projeto, que detalhou através de um relatório o que está sendo executado para dar dignidade às pessoas nas condições de moradores de rua. O coordenador do projeto destacou que a idéia é angariar mais instituições que se sensibilizem com a causa.
“O projeto iniciou-se em 2015, tem o apoio do poder público, já retiramos mais de 60 moradoras das ruas, mas precisamos de mais mãos para continuar levando esse projeto a frente. Na reunião de hoje surgiu uma proposta de ter uma casa de apoio, onde a população pode fazer doação e ao invés dessas pessoas ficaram pedindo ajuda nas ruas, nos bares, se alimentariam nessa casa de apoio. É apenas um ponto de partida, mas se a sociedade nos ajudar, caminharemos nessa direção.”
A secretária municipal de Assistência
Social, Carla Schock, entusiasta do projeto Amor Resgate, destaca que é
importante ter as parcerias da sociedade civil para auxiliar no projeto e a
população ter conhecimento que este trabalho está sendo feito para engajar mais
pessoas a se mobilizar pela causa.
O vereador Claudinho da
Cascalheira disse que conheceu o projeto recentemente, considerou importante a
iniciativa e se colocou a disposição para fortalecer o projeto no poder
legislativo.
José Carlos Ferreira, pastor
da Igreja Presbiteriana do Brasil, considerou importante o trabalho realizado
até agora, e pontuou que as pessoas são muito generosas e quando alguém pede
dinheiro nas ruas para se alimentar, normalmente quem tem acaba colaborando, mais
na sua ótica, a melhor forma de ajudar e participar desse projeto especifico, “Pois
quando uma pessoa na melhor das intenções dá dinheiro para alguém,
indiretamente ela esta incentivando para que essa pessoa permaneça na rua como
pedinte, e que a sociedade deve fazer é apoiar a iniciativa como o PAR, pois
será a forma mais sublime de ajudá-los, dando condições de dignidade e não
apenas solucionando o problema momentaneamente” alertou o religioso.
Desde quando o Projeto teve
início, 197 pessoas foram cadastradas, das quais 66 foram encaminhadas de volta
para o convívio familiar. De acordo com o levantamento recente, atualmente
aproximadamente 10 pessoas vivem como moradores de rua na cidade, porém o
número de pedintes é bem maior.
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