Quarta-feira, 10 de abril de 2019 - 18h08
Muitas
pessoas não sabem, mas já existe uma vacina que pode evitar diversos tipos de
câncer: ânus, pênis, colo de útero, vulva e orofaringe (garganta – área em que
vem aumentando a incidência de tumores no mundo todo, inclusive no Brasil).
Existem mais de 200 tipos de HPV, mas nem todo vírus do HPV é ruim. Há quatro
muito perigosos. E temos duas vacinas, a bivalente e a quadrivalente, que cobre
quatro subtipos perigosos: 6, 11, 16 e 18.
Com
objetivo de ter gerações livres da doença, a Prefeitura de Rolim de Moura (RO),
por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), intensificou a campanha de vacinação
contra o HPV. A imunização é destinada para meninas de 09 a 14 anos e meninos
de 11 a 14 anos de idade.
A
enfermeira Janaina Travassos Loose, do núcleo de vigilância epidemiológica da
Semusa, explica que a vacina contra o HPV é a medida mais eficaz para prevenção
contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente. “O medo e a falta de
informação e de incentivo dos pais estão entre os motivos da baixa procura pela
vacina. Mas estamos orientando a importância da vacina e os benefícios”, destacou.
Maiores
informações poderão ser obtidas com o Agente Comunitário de Saúde do seu bairro
ou na Unidade Básica de Saúde (UBS), mais próxima de sua residência.
SAIBA
MAIS:
HPV: o que é causas, sintomas, tratamento,
diagnóstico e prevenção
O HPV
(sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou
mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando
verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a depender do tipo de
vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
A infecção
pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV
pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu),
ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).
A
diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV
e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções
em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio
organismo, em um período aproximado de até 24 meses.
As
primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a
8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As
manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade
baixa.
Lesões
clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus
(denominadas tecnicamente de condilomas acuminados e popularmente conhecidas
como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de
crista"). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas
ou papulosas (elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem
causar coceira no local. Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de
HPV não cancerígenos.
Lesões
subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos
locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas
podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver
câncer.
Podem
acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente
na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem
estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e
laríngea.
Mais
raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver
lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória
Recorrente).
O
tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na
destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem
desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. Sobre o
tratamento:
Deve ser
individualizado, considerando características (extensão, quantidade e
localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
São
químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
Podem ser
domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais
(aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético - ATA, podofilina,
eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação
profissional para cada caso.
Podofilina
e imiquimode não deve ser usada na gestação.
Pessoas
com imunodeficiência - as recomendações de tratamento do HPV são as mesmas
para pessoas com imunodeficiência, como pessoas vivendo com HIV e
transplantadas. Porém, nesse caso, o paciente requer acompahamento mais atento,
já que pessoas com imunodeficiência tendem a apresentar pior resposta ao
tratamento. O tratamento das verrugas anogenitais não eliminam o vírus, por
isso as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem
retornar ao serviço, caso identifique novas lesões.
O
diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e
laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
Lesões
clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico
(pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).
Lesões
subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame
preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e
também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas
das malignas.
Vacina
contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina
é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
Meninas de
9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
Pessoas
que vivem HIV;
Pessoas
transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Mas,
ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções
ou lesões por HPV já existentes.
Exame
preventivo contra o HPV: o papanicolau é um exame ginecológico preventivo
mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do colo do útero.
Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero,
que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de
diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método
para detectar câncer de colo do útero e suas lesões precursoras.
Quando
essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é
possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres
façam o exame de Papanicolaou regularmente.
Preservativo: o
uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é
outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de
prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois,
frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha
(vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que
cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o
início da relação sexual.
EPIDEMIOLOGIA
O câncer
do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos
do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18,
responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
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