Segunda-feira, 18 de abril de 2016 - 20h18
A operação investiga ilegalidades constatadas no SAAE (Serviço Autônomo de Águas e Esgoto).
Foram mobilizados sete delegados de polícia e vinte e cinco agentes e escrivães da Polícia Civil em Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras, os quais cumpriram oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da 1ª Vara Criminal.
As buscas foram cumpridas nas residências dos investigados e nas sedes das supostas empresas, inclusive um escritório de advocacia, bem como no gabinete do vereador, na Câmara Municipal de Vereadores.
Conforme os delegados de polícia que presidem a investigação do caso, Lincoln Ossamu Mizusaki e Fábio Campos, após a apreensão de processos administrativos ocorrida no dia 19 de fevereiro, no SAAE, pode-se verificar que a referida autarquia celebrou contratos, sem prévia licitação, com as empresas de J. Pires dos Santos Eireli, registrada em nome de Jovane Pires dos Santos e JC Santi Eireli-ME, de José Cleberson Santi, ex-assessor do vereador Carmozino.
No primeiro contrato o SAAE locou uma pá carregadeira, e, no segundo, a autarquia fez locação de caminhão basculante, totalizando R$ 135.220,00 (cento e trinta e cinco mil duzentos e vinte reais).
Ocorre que, segundo apurado pela Polícia Civil, essas empresas estão cadastradas em favor de Jovane Pires e José Cleberson, porém existem severos indicativos de que tais pessoas seriam apenas “laranjas”, pois a denúncia é de que a J.Pires pertenceria a um advogado e sócio do ex-diretor do SAAE, exonerado em janeiro deste ano, enquanto a JC Santi seria de um vereador.
“Essas empresas, conforme apontaram as denúncias investigadas pela Polícia Civil, são no sentido de que foram constituídas para burlarem a lei, pois o vereador, por ocupar um cargo público, estaria vedado de contratar com o poder público, e o advogado, por ser amigo e sócio de Josafá, não poderia celebrar contrato com o SAAE, muito menos sem a prévia licitação”, disse o delegado Lincoln Mizusaki.
Conclusão da 2ª fase da Operação Água Limpa
O inquérito da 2ª fase da Operação Água Limpa, que investigava os contratos do SAAE com a empresa MWX foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Judiciário e Ministério Público. Por tal motivo, foi instaurado novo inquérito para apurar outros contratos irregulares da autarquia municipal nesta terceira fase.
Até agora, na Operação Água Limpa já foram indiciados e proibidos de frequentar ou contratar com a Prefeitura de Vilhena, um ex-diretor da SAAE, um ex-secretário municipal e ex-assessor do gabinete da Prefeitura e um sócio da MWX, por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e fraude em licitações, além de dois proprietários de empresas de informática na cidade de Vilhena, por fraude em licitações.
No inquérito decorrente da 2ª Fase da Operação Água Limpa ficou demonstrado que tal empresa MWX recebeu mais de R$ 250.000,00 reais do SAAE e não prestou grande parte dos itens do edital pelo qual foi paga pela empresa municipal, bem como restou provado que grande parte do dinheiro pago pelo SAAE à MWX tinha como destino direto a conta do ex-assessor de gabinete e ex-secretário adjunto da Prefeitura Municipal.
Fonte: Ascom / Polícia Civil
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