Quinta-feira, 5 de setembro de 2024 - 15h27
São apenas 88 quilômetros, ou
seja: uma hora de carro, a distância de Lisboa para Caldas da Rainha, em
Portugal. Nessa cidade moram dois tesouros de minha vida. Uendel, meu
primogênito e Stephanie, a filha amada. Parando para refletir sobre o dia 7 de
setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, quando D. Pedro I proclamava a
independência do Brasil, rompendo os laços coloniais com Portugal. Desde então,
os caminhos de ambas as nações divergiram, mas a história compartilhada e as
raízes culturais comuns continuam a tecer uma rica tapeçaria de relações e, eu,
nesse contexto, acabo, sem querer, por fazer parte desse tratado.
Parando pra pensar, nunca imaginei
que um dia, de alguma forma, acabasse entrelaçado nessa teia luso-brasileira.
Foi só quando a minha prole resolveu deixar o Brasil e se firmar, cultural,
emocional e economicamente nas terras da sardinha, do bacalhau e do vinho, do
vento gostoso das belezas históricas e dos Templários que me dei conta que a
independência brasileira apenas fortaleceu os laços de amizade entre
portugueses e brasileiros. Mas não é sobre meus filhos que vou traçar essas tortuosas linhas. Quero
falar mesmo sobre os momentos atuais que o Brasil está vivendo, dentro de uma
insegurança jurídica interna e externa, das desconfianças econômicas, da falta
de respeito internacional e do desastre político que se registra e se aflora
nesse momento que deveria ser de festa.
As comemorações de 7 de
Setembro, no próximo sábado, estão marcadas por um manto sombrio. Aquilo que
deveria ser um orgulho para os brasileiros, que sempre deixavam suas casas com
um sorriso no rosto, vestiam a melhor roupa, enfrentavam o sol escaldante, as
vezes, mas não deixavam de erguer uma bandeirinha verde-amarela na mão,
enquanto aplaudiam o desfile dos nossos principais órgãos, como as forças
armadas, bombeiros e instituições que desempenhavam um papel fundamental para o
crescimento do país. Me recordo quando, calçando um “conga” azul, por varias
vezes me orgulhei de marchar para comemorar a nossa independência, cantando o
hino nacional com orgulho e a mão direita sobre o peito.
Não! Hoje não. O que estamos
preste a ver desfilar no dia 7 de Setembro, em Brasília, são bandeiras
vermelhas, camisas vermelhas, bonés vermelhos empunhados por um grupo
terrorista comprovado, carregando foices, facões e enxadas nas mãos, afrontando
a população brasileira e ameaçando invadir suas propriedades, suas casas e
destruir seu patrimônio. Esse mesmo grupo, o MST- Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra, há alguns anos, numa ação terrorista coordenada, invadiu um
laboratório da Embrapa e destruiu dezenas de anos de trabalho científico, de
uma das maiores empresas de pesquisa de desenvolvimento do mundo. Nada foi
feito porque a Justiça alega que o movimento não tem personalidade jurídica.
Aí vem o questionamento: como pode
uma mulher, já senhora, ser condenada a 17 anos de prisão apenas por ter
passado batom numa estátua, em Brasília, e um grupo terrorista destruir a
propriedade do Estado e nada acontecer? Que país é esse? Onde estamos indo? Não
tem como explicar. Estamos perdendo nossa dignidade, nosso respeito por esse
país e, hoje, vendo tudo isso, já agradeço por ter meus filhos longe daqui, e
eu vou acabar seguindo o mesmo caminho.
No dia da Amazônia, 5 de
setembro, não há nada para comemorar. O País inteiro em chamas e toda a nossa
biodiversidade destruída. Vamos levar anos para recuperar, em parte, o que foi
perdido e o Governo, por Marina Silva, uma idiota sem classe e pessoa não grata
em nosso Estado de Rondônia, vem com um discurso fajuto querer colocar panos
quentes, no que está sendo a maior destruição ambiental de toda a história do
Brasil. Não foi por acaso que, esta semana, ela foi expulsa de um velório, no Mato Grosso, em que a família de um
brigadista chorava a morte do profissional que caiu tentando apagar o fogo
que destruía o Pantanal. O pai do rapaz soltou o verbo contra a Vovó Dinossauro
e, esta, ficou só olhando com cara de tacho, enquanto era convidada a se
retirar. Vaza...
A Amazônia pegando fogo,
Brasília pegando fogo e os esquerdopatas comemorando e tentando, cada vez mais,
acabar com os valores sociais, família, trabalho, propriedade, gênero ao ponto
do cretino do Boulos, em São Paulo, cantar o hino brasileiro com linguagem
neutra, o maior símbolo de um país. Como fica isso? onde está o Ministério Público
e a Procuradoria do Estado, o Tribunal Eleitoral com sua milícia e seus
jagunços para representar criminalmente esse sujeito? Já estou cansado de ficar
aqui esperando algum tipo de mudança. Onde estão os meus alas que, assim como
eu, pintaram o rosto de verde-amarelo e foram para as ruas pedir Diretas Já?
Parece que estão todos de pijama, deitados no ar-condicionado esperando a bomba
a explodir.
Como maçom, integrado a esse
momento, haja vista que nossa Ordem teve papel crucial na independência do
Brasil, sofro ainda mais ao ver que dentro de nossa irmandade, também se
instala a gélida estagnação. Onde estão homens como José Bonifácio e Gonçalves
Ledo que enfrentaram os mais altos conflitos e ingressaram em nossas fileiras o
príncipe regente D. Pedro I para que se tornasse imperador do Brasil? Estamos
estáticos, não só pelo que está ocorrendo às nossas vistas, mas por não querer
se insurgir contra os déspotas, contrariando as nossas próprias leis internas.
Mas isso fica para outro momento. Só espero que não seja tarde.
Esse desabafo é um grito que
está preso na minha garganta e que precisa ser ouvido quando ecoar e reverberar
na parede humana que abraça esse país, mesmo sofrendo as perseguições nunca
vistas, nem mesmo nos momentos sóbrios da ditadura militar.
A independência do Brasil foi um marco fundamental na história da América Latina, dando origem a uma nação rica em diversidade e potencial. Ao longo dos séculos, Brasil e Portugal trilharam caminhos distintos, mas a história compartilhada e os laços culturais continuam a unir os dois países. As relações bilaterais são cada vez mais estreitas, com um futuro promissor para a cooperação e a integração. Só depende de nós, brasileiros, continuar a defender nossa soberania contra tiranos de capa preta e de camisas vermelhas e garantirmos que os laços lusitanos e brasileiros se mantenham apertados, enquanto o povo desses dois países deve sempre se abraçarem como uma união forte e duradoura. O tempo desses pairas, dessa escória vai passar, aí poderemos comemorar com orgulho essa data. A avenida Paulista, neste sábado, pode dar o exemplo.
Rubens Nascimento, é
jornalista, Bel. Direito, mestre maçom-GOB e ativista do Desenvolvimento
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