Domingo, 23 de dezembro de 2007 - 11h54
Ao término de cada ano o filme se repete. A expectativa de viver momentos de felicidade real acaba se tornando causa de tristeza e depressão para muitos,principalmente para os que vivem longe da família em cidades e países distantes, onde o lado profissional é a razão de estarem afastados. Contudo,não devemos excluir a ausente presença das mentes que passam o ano todo envolvidas na desumana batalha dos que vivem para faturar cujo tempo é vendido no leilão da ganância,e não será num passe de mágica, com data e hora marcadas, que tais sujeitos irão se tornar fraternos;o máximo que conseguirão será agradar o estômago e entorpecer a cuca bebendo uns goles a mais.
Papai Noel,esse chato.
Por incrível que possa parecer,a figura amiga do bom velhinho que sempre habitou os corações,foi banalizada pelos exageros da propaganda que, neste período, passa um rolo compressor no bom senso,transformando Papai Noel num mero pretexto para alavancar as vendas.
Em família
O Natal e a passagem de ano são as datas mais propícias para o reencontro e também, a época que muitos detestam pelo motivo de ter que reviver certos desafetos neutralizados pelos afazeres diários.
Renascendo
No auge da física quântica falar em possibilidades é a melhor maneira de ser entendido. E nesse clima, afirmo que,tudo pode acontecer numa noite de Natal ou na virada de ano, basta para isso,voltar às origens e fazer uma retrospectiva da própria vida, esquecer o tempo e deixar o coração pulsar no compasso das estrelas. No silêncio da alma, o mundo se configura continuamente, e nessa atmosfera, novas janelas poderão se abrir para novos tempos,novas posturas e novas amizades...
Conclusão
A depressão de final de ano é mais uma pirotecnia da mente coletiva que condiciona o indivíduo a imaginar um mundo feliz, enquanto amarga o desprezo e a solidão.
José Antonio Sespedes
Autor do livro:Depressão,um beco com saída
www.outonos.com.br
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