Sábado, 29 de abril de 2017 - 09h44
Professor Nazareno*
Sobre a greve geral convocada pelos esquerdistas no último dia 28 de abril em todo o país para protestar contra as reformas trabalhistas e da Previdência não vou tecer quaisquer comentários. Se foi ou não bem-sucedida somente o tempo dirá. Palmas, então, para aqueles poucos que saíram às ruas na vã tentativa de barrar a covarde retirada de seus direitos conquistados há pouco tempo e a muito custo. A direita conservadora, fascista e reacionária venceu de novo, por que ela sempre vence. Manda absoluta no país desde o seu descobrimento e também no mundo praticamente desde que o Homo erectus saiu das cavernas. Os raros 13 anos de domínio das esquerdas no Brasil foram um embuste, uma “conversa para boi dormir”. Lula e o PT se aliaram covardemente à direita para roubar o povo num dos maiores escândalos já vistos.
Zé Dirceu, Lula, Delúbio Soares, João Vaccari, José Genoíno e quase todos os outros petistas mentiram para os jovens militantes que aguardaram ansiosamente pela chegada deles ao poder desde as décadas de 70 e 80 do século passado. “A esquerda precisa chegar ao poder para estancar a roubalheira e a sangria que a elite impôs ao país nestes cinco séculos de exploração”, era a cantilena mentirosa dos novos aspirantes à Presidência da nação. “Com a esquerda no Planalto, o povo terá vez e voz”, era o mantra em que cegamente se acreditava. E era tudo mentira. O projeto do PT não era de governo, mas de poder apenas. E isto ficou se sabendo pouco tempo depois quando estouraram os escândalos do Mensalão e do Petrolão. A Lava Jato e as delações da Odebrecht desnudaram tudo e o Brasil soube qual era a “competência” da esquerda.
A direita deu chances para os esquerdistas e estes jogaram tudo fora tentando imitar seus algozes. Os antigos marxistas e revolucionários se encantaram com o poder e tentaram roubar tudo sozinhos sem dividir nada com ninguém. Deu no que deu: em 2016, sofreram um golpe, foram humilhados e escorraçados. Os mais visionários, no entanto, ainda sonham com esse tal de Lula como próximo presidente a ser eleito. Sem carisma e acusado de ter recebido propinas de empreiteiras como um sítio e um tríplex à beira mar, o “sapo barbudo” agoniza politicamente e se dará por satisfeito se não for parar atrás das grades antes das eleições. “O Brasil não tem direita nem esquerda, mas um bando de políticos ladrões e salafrários que se juntam para roubar o já espoliado, cansado e sofrido povo brasileiro”, disse Diogo Mainardi, antigo colunista da Veja.
Um povo sem educação de qualidade, sem transportes públicos, exposto à violência desenfreada, sem saúde pública e sem perspectiva nenhuma de dias melhores é o resultado desse assalto sistemático e secular à oitava economia do mundo. Mas burra a direita não é. Diz que a última greve geral fracassou, foi pífia e que não entende como alguns brasileiros ainda ousam reclamar: o Brasil já está na Copa do Mundo de 2018 e o Carnaval não foi proibido para ninguém. Blocos, bandas e escolas de samba são criados diariamente para, disfarçados de cultura, financiar a orgia popular. Entorpecidos, muitos se dão por satisfeitos em manter seus raros empregos. Direita ou esquerda, o certo é que todos nós continuaremos jogando o jogo dos maus políticos e em 2018 reelegemo-los para que continuem a nos administrar. Seguimos a produzir riquezas na esperança vã de dias melhores. A greve não fracassou. O fracasso é nosso, que nunca reagimos a nada.
*É Professor em Porto Velho.
25 de novembro - a pequena correção ao 25 de abril
A narrativa do 25 de Abril tem sido, intencionalmente, uma história não só mal contada, mas sobretudo falsificada e por isso também não tem havido
Tive acesso, sábado, dia 16 de novembro, a uma cópia do relatório da Polícia Federal, enviado pela Diretoria de Inteligência Policial da Coordenaçã
Pensar grande, pensar no Brasil
É uma sensação muito difícil de expressar o que vem acontecendo no Brasil de hoje. Imagino que essa seja, também, a opinião de parcela expressiva da
A linguagem corporal e o medo de falar em público
Para a pessoa falar ou gesticular sozinha num palco para o público é um dos maiores desafios que a consome por dentro. É inevitável expressar insegu