Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024 - 09h05
A violência social, nos seus múltiplos e difíceis aspectos,
mostra-se, hoje, um dos maiores desafios à inteligência e à capacidade dos
responsáveis pela segurança pública dos rondonienses. A situação parece ter saído
do controle, como um caminhão desgovernado descendo ladeira abaixo. O que tem
revelado as páginas da imprensa e os programas especializados no assunto atestam
um fato que não diz bem dos nossos costumes, nem colocam em posição confortável
as autoridades competentes.
Diariamente, cenas de selvageria se repetem. Recentemente, ao
falar sobre a violência em Porto Velho, um apresentador de TV não conseguiu
controlar a indignação e cobrou dos responsáveis, em tom veemente, menos
discursos e mais ação. No fundo, o apresentador apenas reproduziu o sentimento
que domina a maioria da população portovelhense, diante da catástrofe social
que assola a capital do estado de Rondônia.
A sociedade perdeu, por inteiro, a paz, dentro e,
principalmente, fora de casa. Andar pelas ruas da cidade, a partir das vinte horas,
virou uma aventura arriscada. Não se sabe se o retorno está garantido. A
pergunta que a população faz é: Onde estão e o que estão fazendo as nossas
autoridades que se não compadecem com o sofrimento do povo? Chega de
desculpadas esfarrapadas que em nada ajudam a reduzir os elevadíssimos índices
de criminalidade.
Alguma coisa precisa ser feita. Impossível conviver com tanta violência.
A insegurança pública em Rondônia virou caso de polícia. E não somente de polícia, mas, também, de
justiça, de ausência de disciplina e, principalmente, de temor ao Criador. Deus
é o grande ausente na maioria dos lares. Enquanto muitos só pensam em seus
próprios e mesquinhos interesses, a criminalidade vai espalhando seus
tentáculos.
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