Terça-feira, 1 de novembro de 2022 - 08h14
A história política brasileira é
repleta de episódios mal explicados e, de certa forma, vergonhosos,
principalmente quando se trata de passar a faixa presidencial ao sucessor,
começando por Floriano Peixoto, que não teria comparecido à posse de Prudente
de Morais. Depois foi a vez de o ex-presidente João Baptista Figueredo repetir
o vexame, não entregando a faixa para José Sarney, deixando o palácio pela
porta dos fundos.
O mau costume, infelizmente, sempre
consagrou a falta de civilidade entre a equipe que sai e a que assume o governo
do país. Talvez por isso tanta coisa tenha dado errado ao longo do tempo.
Afinal de contas, a vaidade impede que uns e outros reconheçam as iniciativas
que deram certo numa determinada administração e, assim, tentem começar do
zero, como se fossem donos da verdade. Quem sofre com isso, logicamente, é o
cidadão, que não consegue entender porque a sua vida, apesar dos discursos
recheados de frases feitas, que prometem transformar o país em um paraíso,
continua cada vez pior.
Antes e durante as campanhas
eleitorais, candidatos aos mais diferentes cargos da República, principalmente
aos postos do Executivo, enchem a boca para falar em espírito público. Passada
a disputa, as exaltações de palanque continuam na ordem do dia. Será que o
presidente Jair Bolsonaro passará a faixa presidencial ao seu sucessor ou sairá
pela porta dos fundos? Não faço a menor ideia qual será a postura do
presidente, prefiro realçar a maturidade politica que o Brasil alcançou nos
últimos anos.
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