Sexta-feira, 8 de junho de 2018 - 05h35
A revolução francesa iniciou em 1789. Impulsionada pela burguesia, ou seja, a classe pagadora de impostos, foi um movimento que contou com apoio integral dos camponeses, e de toda a população urbana que vivia na pobreza.
Afinal, a situação estava insustentável!
Em 14 de julho daquele ano, a população de Paris tomou a prisão de Bastilha, e iniciou uma revolução que desencadearia profundas mudanças no governo francês, com reflexos significativos em todo o sistema político europeu.
Até então, o rei Luís XVI tinha poder absoluto em toda a França, todavia o seu reinado destroçou a economia do país. A monarquia gastava muito e tirava do povo quase tudo que produziam...
A burguesia, e uma parte da nobreza, diferentemente do monarca, estavam preocupados em desenvolver a indústria de seus país, e queriam eliminar as barreiras que restringiam a liberdade de comércio internacional. Eles ansiavam adotar o liberalismo econômico, eles ansiavam garantir seus direitos políticos, pois era a burguesia o principal alicerce de sustentação de impostos para o Estado.
A nobreza e as autoridades religiosas não pagavam imposto nenhum.
Personagens como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot, e Adam Smith , foram importantes intelectuais que destilavam críticas pesadas às práticas econômicas mercantilistas, ao absolutismo, e aos direitos concedidos pelo clero, do governo de Luís XVI.
A pobreza da população e a ausência de direitos políticos exigiam reformas urgentes, e em agosto do mesmo ano de 1789, uma Assembléia entre os três poderes, aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que assegurava a qualquer um os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, além do direito a propriedade.
O rei se negou a assinar esta declaração e foi guilhotinado em praça pública. A rainha Maria Antonieta, não quis ceder e foi guilhotinada, também, alguns meses depois.
Em apenas dez anos, de 1789 a 1799, a França passou por profundas modificações políticas, sociais e econômicas. Napoleão Bonaparte disseminou os ideais da revolução francesa através de muitas batalhas na Europa, e os aristocratas perderam seus privilégios, e os camponeses foram libertos de laços que os prendiam aos nobres e a clero.
A revolução francesa foi a alavanca que direcionou a França ao capitalismo, que instalou a separação entre os poderes, e também que trouxe a Constituição, um legado para as nações de todo o mundo.
É a insatisfação das pessoas que promove a mudança!
Agora há pouco, ouvia queixas e mais queixas sobre o preço do diesel e da gasolina. Ouvia o xororô e refletia sobre a insatisfação que emana na mente de cada brasileiro pagador de impostos tão escorchantes... O preço dos combustíveis são caros porque o imposto é extremamente alto.
Vou ser claro e direto: A causa de toda a insatisfação do nosso povo, deve-se fundamentalmente ao altíssimo custo do Estado!
Como na França, há cerca de duzentos e trinta anos atrás, os brasileiros não aguentam mais suportar o custo do Estado.
É inadmissível o custo faraônico de nossos políticos!
É inadmissível arcar com as mordomias dos amigos do rei!
É inadmissível continuar convivendo com isso, e com a esfarrapada desculpa que tais despesas são protegidas por lei. (Cláusulas pétreas).
Isso me permite questionar se é juridicamente legal e justo permitir que os pagadores de impostos mais canalhas do mundo, vivam na miséria e sem assistência médica, sem moradia e com aposentadoria ridícula que os obriga a continuar trabalhando em idade avançada, e sujeitos a um nível de violência nunca antes experimentado?
Está na hora de fazermos uma revolução... Do jeito que está, não dá!
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