Quinta-feira, 27 de julho de 2023 - 10h23
O tema pode até parecer enfadonho, mas não deixa de ser oportuno
e importante, visto que envolve pessoas que dedicaram a maior parte de suas
vidas (algumas ainda o fazem com dignidade exemplar) ao serviço público e,
hoje, não sabem o que fazer tampouco a quem recorrer para resolver um problema
que se arrasta há vários anos pelos escaninhos da burocracia oficial. Trata-se
do enquadramento de servidores do Ex-Território de Federal de Rondônia para os
quadros da União. Lembrando que muita gente morreu sem conseguir desfrutar
desse que seria o mais importante sonho de suas carreiras profissionais.
O retorno ao tema não é uma decisão deliberada do colaborador,
do tipo fazer por fazer. Nada disso. Move-me, principalmente, o sentimento de
revolta e frustração, com o qual comungo, manifestado por pessoas dos mais
diferentes segmentos da sociedade contra a conduta de políticos, autoridades e
órgãos governamentais, que criaram expectativas no seio do funcionalismo e, em
seguida, simplesmente saíram de cena, como se não tivessem nenhum compromisso
com os interessados, evidenciando uma brutal falta de respeito para com o
próximo.
Não é de hoje que essas pessoas vêm sendo ludibriadas, especialmente
por políticos espertalhões, que se elegeram e reelegeram vendendo o sonho da
transposição - sonho esse, aliás, que se tornou pesadelo na vida de muita
gente, algo cada vez miais distante. Mas elas não desistem do ato de sonhar,
são incansáveis, porque o assunto está
classificado como parte de suas vidas, um direito legítimo, do qual não
querem e não podem jamais abrir mão, apesar da hipocrisia dos criadores de
sonhos e da má vontade de muitos que nos governam para fazer o que precisa ser
feito, ou seja, reconhecer a legitimidade do pleito e, destarte, colocar um
ponto final nessa novela. Em vez disso, permanecem insensíveis à dor e ao
sofrimento desse grande contingente de servidores.
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