Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

A velha prática de revitalizar empresas ineficazes está de volta


A velha prática de revitalizar empresas ineficazes está de volta - Gente de Opinião

Foi no governo do presidente Fernando Collor de Melo (1990 – 1992) que o Brasil deu seus primeiros passos rumo à privatização, seguido por Itamar Franco (1992 – 1995), depois que Collor foi apeado da presidência da República, por motivos sobejamente conhecidos da opinião pública. Naquela época, o mundo automobilístico veio abaixo quando ele chamou os carros brasileiros de “carroças”. Abria-se, assim, o mercado para a entrada de carros importantes, antes proibido. De lá para cá, porém, muita coisa mudou.

Mas foi nos governos de Fernando Henrique Cardoso que o Brasil avançou com mais celeridade e eficiência no processo de privatização. Durante a gestão tucana mais de oitenta bilhões teriam entrado nos cofres públicos oriundos das vendas de empresas estatais, comprovadamente ineficientes, que só contribuíam para aumentar a dívida pública brasileira, além, é claro, de serem excessivamente usadas e abusadas como moeda de troca para garantirem cargos a apadrinhados políticos, sempre ávidos por nacos de poder. Naquele tempo, telefone fixo era artigo de luxo, somente acessível a uma parcela reduzidíssima da população. O aluguel de uma linha telefônica custava até oitocentos reais. Após a privatização, tudo mudou. Ter um telefone ficou tão fácil que muita gente tem mais de um aparelho. Hoje são milhões de linhas móveis e imóveis espalhadas pelos quatro cantos do país.

No governo do então presidente Jair Bolsonaro muitas empresas estatais entraram no radar da privatização, como é o caso da Eletrobrás. Houve uma grande expectativa em torno da privatização dos Correios. Estudos chegaram a ser idealizados, mas o processo de privatização não avançou. Não é de hoje que a estatal deixou de cumprir a função para a qual foi criada, tornando-se, assim, um estorvo para o governo e alvo de críticas severas por parte da população descontente com os péssimos serviços prestados pela empresa. Calcula-se que a estatal responda por trinta por cento do mercado de encomendas, porém a maior parte do bolo é dividido entre transportadoras privadas, que vêm ganhando cada vez mais espaço, principalmente entre os pequenos e médios varejistas. Mesmo assim, ainda tem gente dentro do atual governo falando em injetar dinheiro do contribuinte para tentar retirar os Correios do abismo no qual mergulhou, devido a uma série de irregularidades praticadas na empresa, que chegou a ser alvo de uma CPI em maio de 2005. 

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados

O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Zumbi dos Palmares: a farsa negra

Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image

A difícil tarefa de Léo

A difícil tarefa de Léo

Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban

A faca no pescoço

A faca no pescoço

Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)