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Afeganistão a caminho de um Irão (Estado teocrático) + Portugal verá a população reduzida à metade


Afeganistão a caminho de um Irão (Estado teocrático) + Portugal verá a população reduzida à metade - Gente de Opinião

AFEGANISTÃO A CAMINHO DE UM IRÃO (ESTADO TEOCRÁTICO)

 

A luta cultural islâmica anti ocidente avança com a conquista de Kunduz

 

 

Depois de dois dias de combate os militantes islâmicos (Talibãs) conquistaram (08.07.2021) Kunduz; a sua meta é a conquista da capital Kabul. A cidade de Kunduz, capital da província, tem 370.000 habitantes.

 

Em Kunduz o caos é geral:  "o pessoal do governo fugiu. Os Talibãs libertaram os prisioneiros da prisão. Não temos água nem eletricidade. As estradas estão fechadas. Ninguém pode levar os feridos aos hospitais", assim é descrita no HNA (de 9.8) a situação atual, por um cidadão de Kunduz. As estruturas municipais democráticas rudimentares desabam sem resistência. Polícias demitem-se dos seus postos e tiram as suas fardas para não serem logo perseguidos pelos talibãs. Do sofrimento do povo não se fale.  Junto a Cabul os Talibãs já controlam as províncias Wardak e Logar.

 

Após 20 anos de presença militar do Ocidente e da sua retirada precipitada, os Talibãs retomam o país, sem respeitarem os acordos dos deveres relacionados com a retirada da força militar ocidental.

Constata-se que o poder religioso é mais forte que o poder dos militares, vendo-se estes obrigados a render-se.  Da retirada do ocidente verifica-se que mudanças sociais não podem ser alcançadas nem garantidas pela força militar.

Os talibãs podem até rir-se dos intentos da intervenção do Ocidente para implantarem a democracia, quando, propriamente o que torna os Talibãs fortes é a religiosidade do povo (uma espécie de para-costas e de legitimação democrática!!!).

Os grupos extremistas – que constituíram sempre a ponta de lança avançada do Islão - apostam na religião e revelam-se contra a organização militar e policial de Estados centrais pois o poder religioso das bases garante-lhes o poder dos chefes regionais, o que um poder central limitaria.  Os extremistas islâmicos, tal como os Talibãs servem-se da eficiência do poder político-religioso das bases e, neste sentido, dizia um líder talibã que "os europeus e os americanos calculam em anos, e eles em séculos".

O Ocidente tem sido cúmplice nesta catástrofe, como se vê também onde interferiu com o argumento do fomento e da defesa da democracia; os efeitos têm sido calamitosos (Iraque, Síria, Líbano e agora Afeganistão)!

O cenário repete-se! “Faz lembrar, a fuga do Vietname”! Nunca houve uma justificação moral para esta guerra justificada com o ataque islâmico contra os USA. No ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 pela organização al-Qaeda (1) às Torres Gêmeas em Nova Iorque, a maioria dos planeadores, financiadores e teóricos veio da Arábia Saudita e não do Afeganistão.

Os estrategas e políticos europeus incorrem no engano de pensarem que estes povos são fáceis de controlar através de uma estrutura e de uma política de informação como acontece no Ocidente. O Ocidente tem bases culturais diferentes (uma outra antropologia e sociologia) e nelas a divisão do poder em religioso e secular (A Deus o que é de Deus e a César o que é de César)! No islão, religião e política encontram-se unidos fazendo parte da identidade do cidadão, o que o torna consequentemente, à sua maneira “democrático”: daí a sua força ascendente num meio aberto como é ainda o ocidente! Países ocidentais, onde os políticos têm até vergonha dos seus próprios soldados, carecem da força interior e da coesão que o Islão possui para sobreviver a longo prazo (2).

O Ocidente, para ser consequente com os seus princípios humanistas culturais, terá agora de assumir a responsabilidade da situação no Afeganistão e acolher os refugiados afegãos.

O Ocidente comete o erro sistémico de atacar povos no exterior em vez de defender o seu interior (povo). Infelizmente a estratégia islâmica revela-se mais eficiente porque mais natural.

Para termos uma ideia das consequências que terá a transformação do Afeganistão numa teocracia (“estado de Deus -Alá” regido segundo o Corão e a Sharia) bastar-nos-á observar a expansão da intolerância e do terrorismo islâmico que se multiplicou, sobretudo em África, desde que o Irão se tornou numa teocracia islâmica.

O extremismo islâmico revela-se como ponta de lança do islão que, quer queiramos quer não, embora barbaramente, se revela eficiente pois é atualmente a cultura em maior expansão. Para a História, o que conta são os resultados!

O estratega Maomé sabia da eficiência da união de fé e espada; o mesmo se observa no estado chinês que, por sua vez, de maneira laica, une a ideologia comunista ao poder económico-político que se tem revelado como método de maior eficácia para a sua expansão.

António CD Justo

Notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6702

 

DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL A PARTIR DE 2060

 

Portugal verá a população reduzida a metade

 

 

 

Segundo um estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da universidade de Washington, publicado no mês passado, prevê-se que o número de pessoas na Terra atingirá um pico de 9,7 mil milhões até 2064 (1).

 Daí até ao final do século, a população diminuirá para 8,8 mil milhões.  Este processo será de observar em 183 dos 195 países existentes no mundo. Em 23 países a população reduzir-se-á para metade.

 Conforme o Estudo, Portugal, Espanha, Itália poderão ver a população reduzida a mais de metade, enquanto o Brasil verá a população primeiramente crescer para 235 milhões até 2064 e no fim do século diminuída para 135 milhões de habitantes (2) .

 A imigração será um meio para compensar a baixa de natalidade nos 183 países.  Enquanto na Europa se observa a diminuição da  fertilidade e a população está a envelhecer, na África a fertilidade aumenta a grandes passos.

 Segundo o exposto, em África a população duplicará até meados do século e  aumentar três vezes mais até finais do século. Os habitantes de África passarão de 1,03 mil milhões  de pessoas  actualmente para 3,07 mil milhões em 2100.

Na Nigéria 70% da população é jovem e metade dela sem emprego (População da Nigéria era de 206, 1 milhões em 2020 e em 2021 já é de 212,16 milhões).

Numa conferência da ONU em Nairobi, os participantes querem reforçar os direitos das mulheres, a fim de limitar o crescimento da população mundial.

O urbanismo é um dos factores de contribui para a redução da natalidade, como se observa na China.

Isto poderá pressupor um aumento de maior violência na África e também nos países de imigração.

O jihadismo hoje presente em África continuará a ser um factor relevante de aumento das tensões sociais devido ao expansionismo aguerrido da cultura árabe.

 O conceito de superpopulação é muitas vezes usado para abusos (biologismo)  e como desconsideração do humano e, por isso, é considerado por alguns como desumano. A Terra não se encontra esgotada; os problemas sociais, económicos e ecológicos devem-se a erros políticos e à má distribuição dos recursos do planeta.

António CD Justo

Notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=6696

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