Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025 - 15h32

A Baixada Santista, no
litoral Paulista, viveu um surto de virose neste final de ano com milhares de
moradores e turistas infectados. Os casos se agravaram durante as festas de Natal
e ano novo.
O motivo causador, é o
aumento exponencial da população litorânea em dezembro, onde o esgoto e fezes
que são lançados ao mar através dos emissários submarinos, não cumpriram a
contento seu papel, resultando na contaminação da água do mar que ficou imprópria
para banho.
Em outras palavras, o
saneamento básico não contou com estrutura suficiente para dar conta do aumento
da demanda populacional. Neste caso
estamos falando de São Paulo, o Estado mais rico do Brasil, que como sabemos não
poupa esforços para manter a qualidade de vida e infraestrutura. No entanto, no caso da virose de final de ano
na baixada santista, esta infraestrutura sanitária não foi suficiente.
O saneamento básico
compreende, além do abastecimento de água, a coleta e tratamento de esgoto,
coleta e destinação de lixo.
Compreende também a drenagem e manejo da água das chuvas. Já na capital, São Paulo, é só chover 20
minutos e a cidade vira um caos. Sim, o motivo é que a rede de esgoto pluvial
não consegue dar conta no volume das chuvas, alagando, ruas, avenidas,
marginais, comércio, casas... Situação que já é rotina na vida dos paulistanos.
Em 2024, no Rio Grande do Sul, tivemos a maior tragédia já registrada em função
das cheias, que poderia ser amenizada se o a drenagem e o manejo da água das
chuvas estivessem funcionando como deveriam. Vidas poderia ter sido salvas, se
o saneamento básico pudesse cumprir seu papel.
A Reforma Tributária aprovada aumentará a carga tributária no setor de
saneamento, de 9,74% para 28%. (Alíquota
estimada do IVA). Isto porque saneamento não foi reconhecido como serviço de
saúde, ficando de fora da redução e da essencialidade.
O Senado havia aprovado este enquadramento no final de 2024, mas a Câmara dos
Deputados ao aprovar o texto da reforma derrubou a redução da tributação do do
saneamento básico.
A justificativa dos
deputados para aumentar a tributação do saneamento básico foi de que o
mecanismo de cashback, já prevê o retorno dos tributos pagos e serviços de
saneamento aos mais pobres. O Cashback se aplica a famílias com renda até meio salário-mínimo.
(por família). Se trata da devolução de um percentual de 20% do Imposto (da
Conta de Luz, Água e Esgoto e 100% do Imposto do Botijão de Gás. Segundo o discurso de alguns deputados, este
percentual do imposto devolvido a esta população carente compensaria o aumento
da tributação para os serviços de saneamento.
A não inclusão do saneamento básico como item essencial, encarece os serviços
de saneamento, dificultando e encarecendo o acesso a estes serviços,
prejudicando a saúde pública, e comprometendo o compromisso de universalização
de acesso prevista no marco do saneamento básico aprovado.
Água tratada e esgoto
coletado significam saúde, qualidade de vida e esperança, além de dignidade, um
dos direitos fundamentais da Constituição Federal.
Direito este que não é
assegurado a 90 milhões de pessoas no Brasil. (44% da população) que não tem
acesso à coleta de esgoto. E dignidade
não assegurada a 33 milhões de brasileiros (15% da população) que não tem
acesso à água potável, conforme recente levantamento do Instituto Trata Brasil.
O aumento da tributação
no saneamento básico, só vai encarecer estes serviços, nos mantendo como um
país de terceiro mundo, na era da inteligência artificial, com metade da
população brasileira sem acesso a coleta de esgoto.
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