Domingo, 29 de março de 2009 - 07h58
Funcionários fantasma é mais comum do que verdadeiros. Contas fantasma nem se fala. O fantasma no Brasil predomina. É o único país onde fantasma existe de fato. Agora, o plano de um milhão de casas para solucionar um déficit de 8 milhões é a coisa mais fantasma que já apareceu no Brasil, principalmente, pelo tamanho dele.
De novo, a imprensa não questiona como criar mecanismos para bloquear o crescimento do déficit e continuar com uma redução gradativa até zerar. Todo debate ficou na cantilena do um milhão, um milhão... sem definição do onde virá o dinheiro total, sem regras definidas, sem critério de escolha de quais estados e cidades serão beneficiados e nem sequer com um terreno acertado. Desta vez é o próprio governo que patrocina casas no espaço.
Um lançamento além de pomposo. Autoridades presentes; muita discussão sobre nada e análises sobre nenhuma base efetiva. Retórica que faz parte da cultura nacional de resolver todos os problemas com escritos em papel. Ora numa lei, numa resolução ou num projeto. Agora o presidente avançou. Nem papel. É mesmo a construção verbal de um Milão de casas.
Depois do lançamento, nenhuma autoridade ousaria mencionar um local onde estivesse um projeto de compra; nem uma construtora habilidade; nenhuma licitação. Nada, absolutamente nada de concreto. Mas todos os jornais gastaram manchetes com esse fabuloso plano de moradia.
Como regra, a primeira necessidade de moradia decorre da formação de família desestruturada. Uma ou outra pessoa mora sozinha, mas geralmente por escolha subjetiva e essa pessoa consegue a casa sem necessidade de amparo estatal. Grande parte dos oito milhões precisa de moradias governamentais porque constituiu família sem nenhuma estrutura. Caberiam aos governos, todos, projetos efetivos de planejamento familiar, com linguagem incisiva e permanente sobre a necessidade de criar estrutura material mínima, como moradia e emprego, antes de formar uma família. Ou o Estado secará gelo eternamente. Constrói um milhão, enquanto surge a necessidade de mais dez. E o déficit só crescerá.
Coroou o vácuo desse bolo a menção do presidente de que não há prazo para entrega. Trata-se do único acerto. Não poderia haver previsão para entrega de nada. Os assessores do presidente Lula deveriam orientá-lo a evitar esse linguajar simplório e, às vezes, sem sentido. Esse desprezo à inteligência geral fere o bom senso e o cidadão.
Siga esse exemplo do presidente e resolva problemas domésticos. Dê um apartamento, um astra novo, um barco, e até um helicóptero aos filhos. Logo eles quererão saber quando vão receber. Responda que seria no dia que o presidente definisse prazo para a entrega da casa de número um milhão. Eles preferirão presentes mais simples com prazo de recebimento.
Fonte: Pedro Cardoso da Costa Bel. Direito
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