Sábado, 31 de janeiro de 2009 - 14h01
Prof. Diogo Tobias Filho*
A nova nomenclatura da classe de trabalhadores de apoio é um glamour: Técnicos Administrativos Educacionais. Entretanto, de belo, só o nome porque sobreviver nesta função tem sido a cada dia um fardo pesado demais. Tudo porque o salário é vil, corroído constantemente com o aumento de preços dos gêneros indispensáveis à sobrevivência. A solução para muitos deles é o empréstimo consignado em folha, o que resulta sempre em mais problemas e diminuição do poder aquisitivo.
Paulatinamente, a remuneração chegará ao patamar do mínimo e a sobrevivência, uma pífia canseira, haja vista que o trabalhador se sente obrigado a buscar os famosos “bicos” para buscar alguma pecúnia extra. Em breve, o Sr. Ivo Cassol vai conseguir levá-los a mais completa ruína financeira. Excelente seria se o acaso da vida o obrigasse a conviver durante um mísero mês com o que se paga aos servidores de apoio. Nem os vigilantes terceirizados ganham tão mal e se observe que essa terceirização é desnecessária em alguns municípios. Ademais, até a esmola resultante do enquadramento funcional, o arrogante Cassol se recusou a pagar, fazendo-o tão-somente por ordem expressa da justiça.
Certamente Ivo Cassol não se compadece das famílias destes servidores, excluídas do acesso aos bens de consumo da classe média, sem ter o direito de uma vida decente com bom vestuário, boa comida, bons recursos na educação para suas crianças, ou seja, o único caminho que trilha é o da exclusão social. Mas o pior para os que exercem esta importante função na educação é ficar alijado do processo de reconhecimento do singular trabalho que exercem. Sem eles a escola fica sem a mínima condição de funcionamento. Labutam incessantemente na limpeza das salas, na preparação da merenda, na feitura do cafezinho, nos processos burocráticos, enfim, são eles os grandes responsáveis por tornar a escola acolhedora para pais, alunos e professores.
São também os que menos reclamam da vida que levam ou do governo que os oprime sem piedade. Sabem certamente que, se implorarem melhores condições de vida, lá estarão os capitães-do-mato, sempre bem remunerados pelo Ivo Cassol, para sugerir que procurem outro emprego caso não estejam satisfeitos. Honestamente, não sei como este tipo de político, de atitudes grotescas e comportamento desvairado, alcança tanta popularidade entre os eleitores. Tudo me leva a crer que em termos de consciência política, chegamos ao fundo do poço. Mais trágico ainda é saber que a politização do ser humano acontece na escola. Por isso ela é tão patrulhada pelos ideólogos da roça cassolista.
Escrevo em prol de toda educação. Não tenho medo de perseguições. Lamento que as pessoas ainda não compreendam que não basta denunciar as injustiças. É preciso dar a vida para combatê-las. Aliás, para o flagelo da educação ofereço uma assertiva sobre políticos que lhe cai bem, do dramaturgo inglês Shakespeare, de quem certamente Cassol nunca ouviu falar ou ler: “Ele não sabe coisa alguma, e pensa que sabe tudo. Isso indica claramente uma carreira política.” Infelizmente é assim, meus caros funcionários de apoio.
*O autor é professor de filosofia em Ji-Paraná (digtobfilho@hotmail.com)
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