Sexta-feira, 25 de maio de 2007 - 08h08
Mesmo com a resistência da imprensa nacional ao tentar desmerecer o trabalho da Polícia Federal, ora com críticas às cenas de holofotes dadas por ela mesma, ora aos pomposos nomes dado às operações, trata-se da instituição que enaltece o serviço público e tem merecido a guarida da população honesta deste país. Também prova que, dentro deste oceano de lama, se pode trabalhar com eficiência e correção. As demais instituições, mais do que expurgarem seus maus funcionários e se tornarem eficientes, precisam mudar a cultura do protecionismo ao banditismo do colarinho branco. A omissão ou conivência de grande parte da mídia explica-se por favores ilegais, semelhantes ao plano de saúde pago a jornalistas e familiares pela Câmara dos Deputados. Se o Ordenamento Jurídico funcionasse minimamente, esse dinheiro teria que ser ressarcido e algum responsável penalizado criminalmente. Se utilizar dinheiro público indevidamente não for crime, pode extinguir essa figura jurídica, ao menos para algumas pessoas. Seria o único país do mundo que teria a figura dos incrimináveis pelo status social.
Mas tem que haver certa coerência entre a Polícia Federal e a Justiça. As prisões efetuadas pela PF e as seguidas solturas da Justiça, em especial das instâncias superiores, precisam ser revistas; ou as prisões ou as solturas não são infundadas juridicamente. Mas só de ver aquela cena rotineira de paletós ou blusões carregados pelas mãos postas, mesmo nos quarenta graus de calor, como se tivessem rezando, já lava a alma dos honestos.
Outra característica resultante das mega-ações são as explicações dos superiores. Uns não conhecem os assessores; outros não teriam idéia do que seriam capazes; lição antiga da dupla Dirceu/Waldomiro; e todos, todos, sem distinção, mandam apurar internamente o ocorrido com a instauração de sindicâncias, abertura de processos administrativos e até auditorias. É o famoso corte na carne. Carne podre não precisa de corte. Teria que ir ao lixão. Todas essas ações são merecedoras de confiabilidade inferior à de uma raposa que cuida de uma galinha; ou de uma cobra protegendo um sapo; ou dos agentes controladores da entrada de celular nas penitenciárias e cadeias.
Os diversos institutos de pesquisa deveriam perguntar aos cidadãos sobre em qual instituição da Administração Pública brasileira ela confia mais. Mas, deveria separá-las em duas para mostrar diferentes resultados. Uma aos cidadãos de bem, outra a esta casta de ladrões que destrói o Brasil sob a tipicidade penal inexistente de desvio de verba pública. Na primeira, seriam cem por cento de aprovação; na segunda mesmo percentual de reprovação.
Mas a Polícia Federal deve estruturar-se para um passo seguinte nas investigações. Agora, a prova principal têm sido as gravações telefônicas, cujas vozes os donos nunca as reconhecem, por embriaguez, sonolência, remédios dopantes, rouquidão. É que as gravações têm pegado os infratores porque se julgam acima da lei, como vivem repetindo. Uma hora, eles trocarão os telefonemas por reuniões. Aí, seria o momento de gravações de imagens, muito nítidas, senão vão ser negadas; ou de som, mas ambiente. Vai complicar!
Os resultados têm sido frustrantes. Muitas vezes pelo preço de sentenças de ilustres magistrados do nível do meritíssimo Paulo Medina. A imprensa falha grosseiro por não colocar uma lista dos indiciados num quadro sinótico com nome, cargo, quem o indicou, quem os absolveu, e cobrar o resultado do processo. Por exemplo, ainda que nunca se encontre o responsável, a população precisa saber onde está depositado e a destinação do montante dos milhões que voaram recentemente pelo Brasil. Do dossiê do Hotel Íbis, da cueca e de outros.
Segundo muitos jornalistas oficiais, a culpa é da sociedade que rejeita o financiamento público de campanha. Falam até em tom de castigo: quem manda não aprovar o dinheiro público para essa gente nobre! Ao invés disso, precisar-se-ia estender a competência da PF para investigar as doações de milhões às campanhas. Assim, deixaria de ser mera coincidência os posteriores contratos das empresas doadoras com os governos eleitos; o enriquecimento bilionário e repentino de servidores públicos, como do delegado Di Rissio, que já tinha um valoroso apartamento e iria comprar outro de um milhão e meio de reais, além de tantas outras normalidades que só acontecem no Brasil; mas não o Brasil da Polícia Federal, esta, sim, uma instituição de iniciais maiúsculas com justeza incomparável.
Fonte: Pedro Cardoso da Costa
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