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Artigo: Vigilância Epidemiológica



Prof Rosildo Barcellos

Em todos os lugares por onde passo a conversa tem tido apenas um foco ou seja : os casos da gripe suína. Infelizmente no que tange aos números confirmados pela Organização Mundial da Saúde chegaram a um total de 615 casos espalhados por 15 países e 17 mortes. Dessas 17, 16 são do México, que apresenta, até o momento, 397 infectados. Já no vizinho Estados Unidos, o número de casos é de 141.Por conseguinte,é claro e notório que este fato refere-se a saúde pública e se não forem tomadas medidas austeras por parte dos nossos mandatários, poderemos dentre em breve estar diante de uma situação mais grave ainda. Primeiro porque não estamos conseguindo nem combater o pequenino mosquito Aedes Aegypti, por falta de leitos hospitais e UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
         
Para tanto,basta uma visita aos centros de Saúde que encontraremos sem exceção pessoas esperançosas a espera de atendimento nos corredores. Destarte o surgimento de uma nova endemia estaria por certo, colocando em colapso o nosso já combalido sistema de saúde, que não consegue atender com eficiência nem os acidentes de trânsito corriqueiros.

Entretanto retornando ao assunto em tela , vale ressaltar que  a gripe suína trata-se de uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum e parte dele com a dengue. Os sintomas surgem subitamente  com febre alta, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Ressalte-se que  ele tem tido essa conotação diferente pois contém material genético de humanos aves e suínos, por isso o termo híbrido,utilizado pela imprensa. Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos  primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada precípuamente espalha boa quantidade do vírus. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o retromencionado vírus e podem oferecer resultados prementes.

O Ministério da Saúde informa que o país tem estocado oseltamivir, principio ativo do Tamiflu, suficiente para a produção de 9 milhões de cápsulas.Mormente o Tamiflu não impede a transmissão do vírus. Para tanto, é necessário a imunização por vacina que, está sendo desenvolvida para os próximos meses  em função da grande pressão mundial para o fato,aparecendo assim recursos e esforços. A doença foi contraída inicialmente por pessoas que tiveram contatos com criações de porcos. O problema é que essa variante do vírus permite o contágio entre humanos, razão que explica o atual temor. A transmissão ocorre da mesma forma que na gripe comum: por via aérea, por meio de espirros e tosse. Ela pode ser direta (a pessoa inala as partículas que estão no ar) ou indireta (a pessoa toca em objetos que foram contaminados por tosse ou espirro e leva a mão à boca ou aos olhos, trazendo o vírus para dentro do corpo).

Não existem indicações de que a gripe suína seja transmissível a pessoas que consumam carne de porco devidamente manuseada e preparada. O vírus da gripe suína é morto pelas temperaturas normais de cozimento. A preocupação aumentou porque segundo a OMS  a elevação do nível de alerta da gripe suína subiu para cinco, que significa que existe transmissão da doença entre humanos em pelo menos dois países,isto posto, indica-se  ser um forte sinal de que uma pandemia é iminente e que o tempo para finalizar a organização, comunicação e implementação das medidas é exíguo.Por enquanto o México continua sendo o país como o maior número de mortes suspeitas, 168, sendo que 8 já foram confirmadas.No Brasil, o Ministério da Saúde informou que há dois casos suspeitos, um em São Paulo e outro em Minas Gerais.Esses dois pacientes já estão sendo tratados com fosfato de oseltamivir, que é um dos dois medicamentos recomendados pela OMS contra a gripe suína.Por estarmos com 36 casos em monitoramento todo cuidado é pouco pois o Brasil já tem problemas demais com as nossas próprias mazelas...imagina se tivermos mais algumas importadas.

*Articulista

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