Quinta-feira, 23 de junho de 2011 - 12h23
Mais um golpe traiçoeiro e covarde atinge o Mercado Cultural e tira de circulação nossos artistas que se apresentam naquele palco. A ardilosa e dolosa ação burocrática do Município de Porto Velho tenta fechar, de forma definitiva, o templo cultural do município, apreendendo equipamentos de músicos e artistas, bem como, as mesas, cadeiras e geleiras dos estabelecimentos comerciais que funcionam no Mercado cultural, o espaço que hoje embala as noitadas de caboclos, beradeiros, visitantes e turistas. Um dos comércios atingidos pela fiscalização míope – pasmem todos! – foi o famoso, o histórico e lendário patrimônio cultual de Porto Velho: o Bar do Zizi.
Os mecenas e proprietários dos estabelecimentos vitimados pela equipe de fiscais do Código de Postura Municipal, são patrocinadores, inclusive, dos cachês dos nossos aristas caboclos e convidados que se apresentam no Mercado Cultural, cantando esta terra, sua história e sua gente, exaltando e confirmando nossa identidade cultural e nossos heróis. O palco do antigo Mercado Central, hoje, vai muito além de um simples espaço comercial. O Mercado Cultural representa para portovelhenses e rondonienses, de uma maneira brava e legitima, nossa derradeira trincheira definidora do ser cultural amazônico.
Os argumentos apresentados pela equipe do Código de Postura do município são os mais inconsistentes possíveis – inacreditáveis, para ser mais exato – que possa justificar, irrefutavelmente, tal absurdo. Segundo o Código de Postura, o material foi recolhido do Mercado Cultural em razão do uso inadequado do espaço, uma vez que se trata de um teatro e não de uma casa de shows culturais.
Músicos, cantores, sambistas, artistas plásticos, dançarinos, artesãos, mestres da cultura popular e agitadores culturais, mobilizados, se apresentarão no palco do mercado, nesta quinta, dia 23 de junho, a partir das 20:00 horas, durante a realização do Projeto Quinta Cultural, excepcionalmente destinado, hoje, para protestos em defesa do artista, da cultura e do patrimônio cultural local. Os coordenadores do protesto solicitam ao público que leve seu ‘banquinho’ para se acomodar, uma vez que o Mercado Cultural teve parte de seus equipamentos estruturais aprendidos pela equipe de Fiscalização da Prefeitura de Porto Velho.
Fonte: Ariel Argobe Costa Brasil
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