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As eleições de outubro e os políticos sinecuristas


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Pouco menos de oito meses nos separam das eleições para a escolha do prefeito, do vice-prefeito e dos vinte e três vereadores que vão compor a Câmara Municipal de Porto Velho. Trata-se de mais uma eleição democrática. Em outubro, com a permissão Divina, participaremos de um momento extremamente importante na vida da nossa cidade. Muitos, desde já, se apresentam como pretensos candidatos ao posto hoje ocupado pelo prefeito Hildon Chaves. Não custa repisar, contudo, que Porto Velho experimenta um período extremamente delicado. Dai por que a responsabilidade de cada um de nós, eleitores, de não deixar passar em brancas nuvens a oportunidade para extirpar pela raiz o que precisa ser arrancado e jogado fora.

Muito cuidado, eleitor! Não vamos alimentar com o nosso voto velhos e conhecidos lobos travestidos em pele de cordeiro. O que tem de político fazendo na vida pública o que derrama no vaso sanitário, não é brincadeira. E o que dizer daquele tipo que se aproveita de espaços privilegiados na mídia para divulgar inutilidades, achando que todo mundo é imbecil. Recentemente, na tentativa de conquistar a simpatia e a aprovação popular, um deles deixou-se filmar usando uma roçadeira, conduta típica do populismo raso, que se mostrou muito eficaz para a captação de votos e apoio em eleições, principalmente de eleitores desavisados.

É impressionante. Basta a prefeitura mandar trocar uma lâmpada de poste de rua para que o cidadão apareça dizendo-se ser o pai da criança e, o que é pior, tecendo loas ao chefe do executivo municipal, o mesmo que ele vivia criticando na tribuna e nas mídias sociais, esquecendo-se de que uma das atribuições do poder público é oferecer obras e serviços de qualidade à população, que paga um amontoado de impostos para essa finalidade. Essa mudança abrupta de comportamento tem nome: sinecuras.

O município de Porto Velho já foi muito agredido em sua história por político vira-casaca, que não resiste à tentação de uma boquinha na administração pública para acomodar amigos, parentes e cabos eleitorais.  É a hora da redenção. Não faça do seu voto instrumento de barganha, de toma-lá-dá-cá, do “é dando que se recebe”, dentre outras coisas do gênero.  Pense nisso, meu caro eleitor, antes de apertar os teclados da urna eletrônica, no pleito que se avizinha.

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