Quarta-feira, 8 de setembro de 2021 - 10h36
Enrolados na Bandeira Nacional, milhares de brasileiros saíram às ruas do país nesta terça-feira (7), não para protestar contra os aumentos nos preços do litro da gasolina, do botijão de gás, do quilo do tomate, do abacate, ou coisa do gênero, como seria convencional esperar, mas para pedir liberdade. Não houve registros de violência. Tudo transcorreu em clima de normalidade, como manda o bom-senso.
O alvo dos protestos tem nome e endereço: Supremo Tribunal Federal (STF), que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Setores da sociedade não andam satisfeitos com algumas decisões emanadas da mais alta corte do país, e exigem uma mudança de postura de alguns de seus membros. Foi uma manifestação como poucas vezes se viu na história. Espera-se que as vozes roucas das ruas ecoam nos palácios e ambientes confortáveis e refrigerados da República e, consequentemente, produzam resultados benéficos à sociedade.
O Brasil vive uma situação extremamente delicada de sua história. A harmonia entre os poderes acabou dando lugar a disputas pessoais que em nada contribuem para sairmos da crise politica e social que atravessamos; pelo contrário, só agrava ainda mais o quadro de dificuldades. A função pública vem sendo usada por alguns como arma política, justificando o seu uso soberano por parte de seus titulares eventuais, nem sempre dentro da órbita das suas faculdades legais.
O Brasil precisa da união de todos os seus filhos,
principalmente nesse momento difícil da vida nacional, e não de divisionismos.
Urge pensar mais nos interesses da Nação e menos nos próprios interesses. É
preciso dar mais de si, em termos de renúncia, de trabalho, de humildade e de
criatividade para a solução dos problemas que afligem todas as gentes. Sem
isso, não haverá paz social.
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