Quarta-feira, 12 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

CARLINHOS MARACANÃ: Negros Africanos no Brasil


Quando os Holandeses se estabeleceram em Recife os negros encontrados nos engenhos de açúcar era um número muito pequeno para as necessidades da cultura da cana-de-açúcar e mesmo com as capturas dos navios negreiros a carência de escravos ainda era muito grande.

Em vista desta carência de negros, foi que os Holandeses em 1637 passaram a comprar em Guiné e em 1641 de Angola, no ano de 1645 atingiria a cifra de vinte e três mil cento e sessenta e três negros adquiridos pela companhia das índias Ocidentais que maneiavam o monopólio de comercialização.

Entre os africanos expostos a venda em leilões os negros adquiridos em troca de armas em Gênova valiam de doze a setenta e cinco florins e em Angola de trinta a oitenta e cinco florins e quando vendidos em Recife auferiam grandes lucros aos seus donos.

Os negros de Angola de grupo Bantus eram os que recaiam maior preferência entre os senhores de engenho, porque de revelavam com muita disposição para o trabalho e habilidosos ao contrario dos negros da Guiné que não agradavam aos fazendeiros por serem preguiçosos e difíceis de se acostumarem a obedecer a ordens e ao trabalho, porém em mãos de quem o soubesse digirir eram capazes de produzir mais do que os negros de Angola.

No ano de 1642 foi verificada uma grande perda em conseqüência de um surto de varíola que atacou os negros de Itamaracá, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão, que em alguns lugares ceifou a vida de todos os que trabalhavam nas lavouras.

O transporte de escravos para o Brasil a bordo dos navios negreiros não oferecia condições higiênicas, pois devido à falta de água e de alimentos estragados, velhos, jovens, homens, mulheres e crianças, pereciam miseravelmente na travessia, e alguns vezes em quando navios corsários ou de caçadores de transportes de escravos abordavam o barco negreiro, a carga de negros era lançada ao mar, quando não era possível alojados em seus navios.

A espantosa cifra de casos fatais entre os negros escravos durante o transporte para o Brasil, os quais eram alojados em angustioso aperto nas entre cobertas das embarcações, forçou os Holandeses a providenciarem um melhor tratamento e solicitarem aos agentes da Companhia das índias Ocidentais em Elmina e São Paulo de Luanda que organizassem o comércio de escravos nos mesmos moldes dos portugueses.

O prospero comércio de negros que a Companhia das índias Ocidentais desfrutava, ficou estagnado quando André Vidal de Negreiros e João Fernandes desfraldaram a bandeira da rebelião em Pernambuco, ocasionando a fuga para a costa, dos plantadores holandeses e portugueses fiéis ao governo holandês que com eles levavam parte da escravaria de Pernambuco e de grande número de escravos fugitivos que procuravam abrigo nos quilombos, outros capturados pelos patriotas e alistados à força em seu bando.

E devido aos acontecimentos, os navios negreiros quando chegavam a Recife, não encontravam compradores para as suas cargas, por este motivo em junho de 1646, Van Der Derwel escreveu uma carta aos diretores da Companhia, relatando que fossem. suspensos os embarques de escravos para o BRASIL.

Carlinhos Maracanã.
Fonte: Mundo Negro

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 12 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Consórcio 4UM-Opportunity vai cobrar pedágio na BR-364 sem investir nenhum centavo imediatamente

Consórcio 4UM-Opportunity vai cobrar pedágio na BR-364 sem investir nenhum centavo imediatamente

A BR-364, uma das principais rodovias de Rondônia, está prestes a ser concedida à iniciativa privada pelo prazo de 30 anos. O consórcio 4UM-Opportun

Centrão aproveita fragilidade do governo Lula para exigir mais cargos

Centrão aproveita fragilidade do governo Lula para exigir mais cargos

A popularidade do governo Lula vem caindo a cada pesquisa de opinião pública. Há quem diga que nunca esteve tão baixa. Muitos são os motivos, entre

Coluna da Hora – Cooperativa Afanada, PC-RO, errata, Sejus, assassino foragido e mais coisas com o jornalista Géri Anderson

Coluna da Hora – Cooperativa Afanada, PC-RO, errata, Sejus, assassino foragido e mais coisas com o jornalista Géri Anderson

MÃOS DE TESOURAO tesoureiro de uma cooperativa de crédito de Porto Velho é um dos principais suspeitos de desviar mais de R$ 6 milhões da empresa e

A Revolução da comunicação em Rondônia: jovens empreendedores e a ascensão dos sites de notícias

A Revolução da comunicação em Rondônia: jovens empreendedores e a ascensão dos sites de notícias

Rondônia vive um momento crucial na sua história de comunicação, impulsionado pelo crescimento vertiginoso da tecnologia e, em especial, pela inteli

Gente de Opinião Quarta-feira, 12 de março de 2025 | Porto Velho (RO)