Sábado, 4 de junho de 2011 - 19h05
Lúcio Albuquerque
A realização de uma cavalgada sob a desculpa de abrir uma Expofeira, o que acontece todos os anos e se repetiu novamente neste sábado, 4, em Porto Velho, gerou fortes reclamações daqueles que se sentiram prejudicados pelo evento, especialmente quem tinha de atravessar a Avenida Pinheiro Machado, bloqueada desde as 7 da manhã a partir da Rua Ruy Barbosa até à Avenida Marechal Deodoro.
Para muitos ficou a sensação de que estávamos ainda na época do Território, aí pelo final da década de 1970, quando a capital contava com pouco mais de 100 mil habitantes e uma frota de veículos que, se reunida hoje, em coluna por três, não ocuparia o espaço ontem bloqueado, o que demonstra as quantas andávamos em termos de carros e similares há pouco mais de 30 anos.
Num trânsito já complicado por falta de planejamento e de controle por parte dos órgãos sustentados pelo dinheiro do contribuinte, mas que via-de-regra só aparecem para arrecadar, seja em multa, seja em taxas, o tráfego na região bloqueada foi transformado num caos urbano, gerando mais gasto de veículos, de tempo e de combustível, além de ampliar, e muito, o já onipresente stress gerado pela batalha do dia-a-dia da cidade capital do Estado.
Pior que os responsáveis pelo planejamento resolvem colocar todo o efetivo apenas na região bloqueada, formando-se autênticos ajuntamentos de uniormes azuis dos policiais militares com o creme dos guardas municipais do trânsito, efetivo que, se colocado para orientar o tráfego em outras áreas da cidade, e não apenas para multar, poderia justificar muito melhor o dinheiro que o contribuinte gasta com o setor.
Mas, da maneira como aconteceu, a cidade ficou entregue à sorte. Motoristas residentes nas proximidades dos locais bloqueados tendo de explicar porque têm de ir ou voltar, motoqueiros dando um jeito de passar aonde não deveriam - porque os carros são proibidos de passar, ruas paralelas transformadas em engarrafamentos e riscos constantes de acidentes, tudo porque, sob a desculpa de uma feira agropecuária, uma parcela irrisória da população, parcela que só conseguiu ficar maior com colunas preenchidas por pessoas que não residem aqui, resolve brincar de velho oeste, como nos filmes da década de 1950.
Some-se a isso tudo policiais militares montados em motocicletas e fazendo barreiras nas ruas, prejudicando mais ainda a já difícil circulação de veículos, gastando combustível e equipamentos sem haver, efetivamente necessidade no momento.
Na situação em que a cidade capital foi colocada neste sábado, com bloqueio de passagem pela Pinheiro Machado, imagine uma pessoa que tivesse saído do bairro Pedrinhas levando em seu carro uma mulher para parir e que, para tentar chegar rápido à maternidade Municipal, tivesse de atravessar a Pinheiro, com certeza a criança iria nascer dentro do carro, tudo para não cortar a alegria dos "cavaleiros" e das "amazonas" e de outros participantes.
Realizar aquele tipo de evento em pleno horário comercial se justificava, sim, mas há 30 anos, não hoje, quando estamos beirando 600 mil habitantes, se é que já não passamos disso, temos uma frota de veículos muito maior que a capacidade oferecida pelo nosso sistema viário ou, pelo menos tivéssemos um sistema de controle do tráfego como em outras cidades, inclusive deste Estado, nas quais o agente de trânsito atua efetivamente como tal, e não apenas para autuar o que, para muitos condutores de veículos representa apenas que eles - e não por sua culpa mas por culpa de quem os manda fazer isso, praticam seu "esporte preferido", aplicando multas, muitas vezes em fatos que bastaria uma orientação.
Mas, como disse outro dia um desses agentes de trânsito, "Eu não estou aqui para orientar", frase que nos dá a dimensão da finalidade a qeu são direcionados.
Neste sábado o porto-velhense sentiu-se em realidade como morador ainda da cidade capital - do Território Federal. Como me disse um mais que irritado motoqueiro: "Essa gente continua pensando que Porto Velho cresce tipo o rabo do cavalo que eles montam".
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