Quinta-feira, 8 de setembro de 2011 - 06h04
Dia 5 passado tive em Machadinho para uma reunião sobre educação. Onde a iniciativa e pauta foram produzidas por alguns professores, diretores, membros da comunidade. Também se falou sobre agricultura e compensações de usinas. Virá brevemente no Rio Machado a Usina de Tabajara. Eles já estão preocupados.
O que se falou foi o óbvio e ululante. Nada de delírios ideológicos. Mas, de carteiras escolares, matrículas no ano que vem imenso fosso entre escolas e a Secretaria de Educação. Do calorão nas salas de aula. O descompasso entre rede elétrica e o ar condicionado. Quando tem um falta o outro.
O debate sobre a vida íntima da escola e o seu reflexo na educação. Como desmotivação de professores, baixa produtividade, carência de pessoal de apoio, servidores idosos e cansados. Falta de professores de inglês e matemática. A rotatividade de professores. Falta de critérios em cedências de pessoal e nomeações de outros. Matrículas tumultuadas e professores emergenciais que vão se eternizando. O que é para ser uma exceção se transforma em regra.
O tempo de um governador em seu mandato é curto. E as ações devem ser imediatas; que o planejamento em educação seja sério, estrategicamente definido, responsável e compartilhado no Estado inteiro. Muita burocracia tola. Justamente pela falta de planejamento. Que se encontre modelo de contratação de pessoal alternativo para se repor trabalhadores de apoio mais jovem e com mais disposição para o trabalho.
Uma simples freqüência dos professores para se compor a folha de pagamento mensal, toma excessivo tempo dos diretores e dos representantes. Um deslocamento mensal a Porto Velho. Quanto custa tudo isto? No mundo tão moderno e informatizado? É um desgaste de tempo e dinheiro. Risco da viagem. Perda de tempo. Somado a um tratamento indigno em Porto Velho.
Muitas coisas simples ficam sem resolver, resposta de um oficio demora 60 dias, transferências de funcionários sem ouvir diretores e RENS, cadências absurdas, nomeações da mesma forma.
Construção de escolas rurais para o ensino médio pelo Estado. Um novo modelo diferenciado que fixe o aluno na gleba. Implantação de escola integral em Machadinho. Um curso de mestrado para professores no Território da Cidadania Vale do Jamari.
Um psicólogo pediu a palavra e sugeriu a implantação de um NÚCLEO DE ATENDIMENTO AO ALUNO E AO PROFESSOR – com psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo (NAAP). Muitos professores não tem condições de trabalhar por doença. Da mesma forma o atendimento de muitos alunos e pais. Controle do bullyng e violência sexual.
Foi uma reunião maravilhosa. Onde se disse a verdade absoluta. Nada além do que é sentido na carne e no osso. E que necessita de uma resposta positivo pela SEDUC em prazo e meta definido. E que esta reunião fique no calendário das centenas de reuniões mortas. Porque ela foi muito viva. Muito espontânea.
Chegou a hora da Secretaria de Estado da Educação reagir. Tirar a cabeça debaixo da asa. E dar resposta a Machadinho, que é o mesmo problema no Estado inteiro. Avante!
Fonte: Blog do Confúcio
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