Sexta-feira, 24 de junho de 2022 - 13h56
No senado, a oposição está se assanhando para criar mais uma CPI. Dessa vez, o alvo é o Ministério da Educação, na gestão de Milton Ribeiro. Não faz muito tempo, o mesmo senado instalou a CPI da Covid, jocosamente apelidada de CPI do Circo, por motivos conhecidos na opinião pública, que acabou na vala comum do esquecimento.
Como sempre acontece, no Brasil, ao menor sinal do suposto envolvimento de agentes da administração Bolsonaro em atos de corrupção, logo se fala na instalação de uma CPI, porém o mesmo ímpeto não se viu, em passado recente, quando a Petrobras estava sendo literalmente saqueada por uma quadrilha de malfeitores, que, por pouco, não a levou à bancarrota.
Todo mundo sabe que a intenção dessa gente não é investigar coisa nenhuma, tampouco punir ninguém. A ideia é tentar esmagar politicamente o presidente Jair Bolsonaro para, assim, ter a oportunidade de retornar ao ápice do poder e, com isso, reviver as velhas e carcomidas práticas do toma-lá-dá-cá.
Nenhum deles, repita-se, está de fato preocupado com o país e, consequentemente, com a população, sobretudo, neste momento crítico da vida nacional. É por isso que CPI, no Brasil, virou piada de botequim de quinta categoria. Aqui mesmo, em Rondônia, a pretexto de defender o interesse coletivo, criaram várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que, até hoje, não produziram nenhum resultado prático em proveito da sociedade.
No fundo, esse pessoal, capitaneado pelo senador Randolfo Rodrigues, acha mesmo que todo mundo é idiota, que não consegue enxergar além do próprio umbigo. Tudo está posto, assim, para a eclosão de um cabo-de-guerra entre as forças que apoiam o atual governo e as que desejam, desesperadamente, verem escancaradas as portas do fisiologismo.
Esse tipo de comportamento só serve para fomentar a anarquia
e o caos social. Que se investigue, seja quem for, independente de cor, classe
social, sexo, religião ou coloração partidária, mas que as coisas sejam feitas
de maneira criteriosa e responsável, porque o povo, em sua maioria, não é
burro.
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