Sexta-feira, 12 de outubro de 2018 - 13h05
Lúcio Albuquerque, repórter
jlucioalbuquerque@gmail.com
Talvez, se é que se darão à coragem de uma autocrítica, os grandes institutos de pesquisa poderão tirar uma grande lição dos resultados do pleito do dia 7, em que erraram de tal forma que é inadmissível que queiram continuar tendo credibilidade para oferecer um serviço que ao final mostra falhas enormes, o que, aliás, não é novidade para quem acompanha eleição, ainda que faça isso de longe, tomando conhecimento apenas dos resultados, declarados com a máxima seriedade possível, como se “verdades verdadeiras” fossem, pelos âncoras de programas televisivos.
Uma espécie de “sinônimo de verdade indiscutível”, os resultados apresentados pelos grandes institutos de pesquisa acabam se transformando em galhofa, dentre os motivos porque – eu, pelo menos, há muitos anos de “janela” e atuando em várias eleições de 1976 a 1998, nunca vi ou conheci alguém que confirmasse ter sido entrevistado pelos pesquisadores.
Antes que eu continue, é interessante lembrar esses grupos de análise de “Fato ou Fake”. Nada contra que se busque a verdade, mas é só dar uma olhada a quem os detetives virtuais estão servindo para que eu, pelo menos, fique com a “pulga atrás da orelha”.
Voltando às pesquisas, eu sempre desconfio delas, e tenho razões, uma delas porque quando assessorei campanhas tive vários exemplos de razões para desconfiar – e já escrevi várias vezes disso.
Nem vou tratar da disputa presidencial. Aqui mesmo em Rondônia a última disputa deixou bem claro haver diferenças entre o que diziam as pesquisas e o que saiu das urnas eletrônicas que, aliás, também têm suspeições de manipulação, apesar de todas declarações em contrário incluindo da comissão da OEA, órgão dominado pelos bolivarianos e dias adeptos o que, para mim, já tira muito da credibilidade dos tais observadores.
Em 1998 era só andar nas ruas que você sentia que o Bianco seria eleito. Mas nos dias finais do primeiro turno as pesquisas o colocavam em quinto lugar. Agora, outra vez. Na feira, no mercado, nas rodas de conversa era comum ouvir a frase: “Vou votar nos candidatos do Bolsonaro”. Ou não enxergaram que o candidato Vinícius Miguel teria uma aceitação maior que as pesquisas diziam?
Parece que isso não serviu de nada para os pesquisadores. E o resultado mostrou que há desculpas para tudo.
Dane-se a diferença entre o resultado das pesquisas e o resultado do pleito. Daqui a dois anos teremos eleições outra vez e, com certeza, novamente mais desculpas.....
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(16 - terça)
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