Quarta-feira, 31 de outubro de 2018 - 20h10
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que somente 4,1% do esgoto produzido em Rondônia é coletado, sendo que apenas 69% desse total é tratado. Esse índice coloca Rondônia como o estado com menor cobertura de redes de esgoto no país. O patamar é 12 vezes inferior à média nacional de atendimento por saneamento básico, que chega a pouco mais de 50%.
Os dados apontam que 30 dos 52 municípios de Rondônia registraram, em 2017, doenças relacionadas à falta de saneamento básico, o que equivale a 57% das cidades. Entre as doenças com maior incidência estão a dengue, diarreia, verminose, zika e chikungunya. Os números apontam também que só 16 cidades rondonienses têm política de saneamento.
Para reverter o quadro, começam a surgir as primeiras parcerias público-privadas (PPPs), como ocorre no município de Buritis, onde o investimento na distribuição de água chegou ao dobro da média do estado, entre 2014 e 2016. O setor privado prevê investir em Rondônia R$ 154 milhões até 2021.
Principais números do saneamento em Rondônia
PRIORIDADE – Em 7 de
novembro, a CNI realizará o Seminário Saneamento 2019-2022 para discutir
propostas e caminhos para o Brasil dar o necessário salto em
investimentos para reduzir o atraso no setor e cumprir, o quanto antes,
as metas de universalização dos serviços de água e esgoto. O evento será
organizado em parceria com a Associação Brasileira das Concessionárias
de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), a Associação Brasileira
das Infraestrutura e da Indústria de Base (ABDIB) e a Associação
Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).
Para as entidades, o
saneamento básico precisa estar entre as prioridades do governo eleito,
como agenda tanto da área de infraestrutura como de saúde pública. Nesse
sentido, a ampliação de parcerias com o setor privado é fundamental
para ampliar o volume de investimentos, especialmente diante das
dificuldades fiscais da União e dos estados. “A experiência mostra que,
nas cidades onde foram firmadas parcerias com a iniciativa privada,
houve incremento relevante na cobertura e na qualidade dos serviços.
Quem ganha com isso é a população”, afirma Mônica Messenberg.
INVESTIMENTO
MAIOR - A CNI considera que a gestão de companhias pelo setor privado
levará mais investimentos, melhorará a qualidade da água e expandirá as
redes de esgoto nas pequenas e médias cidades. Ao contrário do que vem
sendo pregado por correntes contrárias à Medida Provisória 844/2018 de
que a atuação do setor privado beneficiará somente grandes municípios,
os números mostram o contrário. Atualmente, 72% das cidades brasileiras
com companhias privadas têm até 50 mil habitantes.
Dados oficiais
mostram que apenas 6% das companhias de água e esgoto do país são
privadas. No entanto, elas atendem 9% da população nacional e são
responsáveis por 20% dos investimentos no setor. “Essas diferenças no
volume de investimentos são refletidas nos níveis de atendimento das
localidades atendidas por prestadores de serviços privados, onde tanto o
fornecimento de água como a coleta e tratamento de esgoto apresentam
indicadores acima da média nacional”, destaca a diretora.
UNIVERSALIZAÇÃO DISTANTE
– A área de saneamento básico é a mais atrasada da infraestrutura
brasileira. De acordo com os dados mais atuais, apenas 51,9% da
população dispõem de serviço de coleta de esgoto e menos da metade do
que é produzido recebe tratamento. Segundo o estudo Saneamento Básico:
Uma agenda regulatória e institucional, da CNI, para reverter esse
quadro e atingir as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico
(Plansab), o Brasil precisa ampliar em 62% os investimentos no setor, o
que significa aumentar a média anual de recursos para o setor dos atuais
R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões.
O setor produtivo aposta
no aumento da participação privada na gestão de companhias de água e
esgoto como o instrumento mais viável para universalizar o saneamento
básico no Brasil. Nesse sentido, é fundamental que o Poder Legislativo
converta em lei a MP 844/2018, que institui o novo marco legal do
saneamento no país, e aprimora as normas para o setor privado operar na
área de maior déficit de atendimento da infraestrutura brasileira.
CONHEÇA ESTUDOS DA CNI SOBRE SANEAMENTO
Saneamento Básico: Uma agenda regulatória e institucional
Comparações internacionais: Uma agenda de soluções para os desafios do saneamento
Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados
O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se
Zumbi dos Palmares: a farsa negra
Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image
Imagino quão não deve estar sendo difícil para o prefeito eleito Léo Moraes (Podemos) levar adiante seu desejo de não somente mudar a paisagem urban
Aos que me perguntam sobre eventuais integrantes da equipe que vai ajudar o prefeito eleito Léo Moraes a comandar os destinos de Porto Velho, a part