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Como a responsabilidade social está mudando o mundo


Por Engel Paschoal* - Agência O Globo Quando comecei a planejar esta coluna, por volta de 1998, um dos meus objetivos era incentivar as pessoas a mudar, porque eu achava que se elas tomassem consciência da responsabilidade social o mundo mudaria. Isto porque são as pessoas que fazem as empresas, as entidades, os governos, o mundo enfim. Quando comecei a escrever a coluna, em setembro de 2001, já tinha vários exemplos de que o mundo estava mudando. E assim tem continuado. Selecionei alguns recentes. Luiz Alberto Marinho escreve no Blue Bus e no Comunique-se, dois sites de notícias sobre comunicação. Em texto do Comunique-se (16/4/07), ele falava que na semana anterior havia escrito "sobre a mudança de estratégia da Wal-Mart, que deixará de lado o apelo exclusivo de 'preços baixos todos os dias' para incorporar elementos emocionais relacionados à qualidade de vida". Ele falava também da Volvo: "Conhecida mundialmente pela segurança dos seus carros, a montadora promoveu uma concorrência entre agências para encontrar abordagens emocionais para a sua consolidada marca". Isso porque, segundo ele, "Em 2004, a Accenture divulgou um estudo sobre mudanças no mercado varejista em que dizia textualmente - 'No passado, a escolha do local de consumo obedecia a critérios tradicionais, tais como qualidade, preço, variedade, conveniência. Hoje há novos critérios, baseados em diversão, autenticidade, interação social, espiritualidade, bem-estar, aprendizado e valorização do tempo'. O relatório, intitulado 'Alargando as fronteiras das experiências dos consumidores', garantia ainda que o objetivo dos novos consumidores não era mais adquirir produtos e sim melhorar a qualidade de vida". O Zôo Aquarium, de Madri, na Espanha, lançou uma campanha institucional que compara os animais aos humanos, a partir de semelhanças físicas e de comportamento. Usando títulos como "Lealdade", "Respeito" e "Solidariedade", a campanha nos incita a aprender com os animais: "Um dos anúncios coloca lado a lado closes de um elefante e de senhor de rosto cheio de rugas. 'Os elefantes nunca abandonam seus idosos' - diz o texto. As peças exibem a assinatura - 'Os animais nos ensinam a ser pessoas'" (Blue Bus 4/4/07). No mesmo dia, o Blue Bus informou também que o Mobilefest - Festival Internacional de Arte e Criatividade Móvel, cuja segunda edição será de 21 a 23 de novembro no Sesc São Paulo, adotou como tema "o uso das tecnologias móveis em prol do meio ambiente". Ele vai ter seminário e exposição internacionais, além de premiação dos melhores trabalhos e aplicações móveis. Ainda no dia 4/4/07, O Estado de S. Paulo publicou matéria dizendo que "Setores industriais que nada têm de verde estão descobrindo na gestão ambiental formas de gerar mais eficiência e garantir novas fontes de receita - além de melhorar a própria imagem perante a sociedade. No Brasil, os setores siderúrgico e de papel e celulose estão se destacando em termos de gestão ambiental e, em alguns casos, transformando-se em referência internacional". Em 13/9/06, o jornal Valor Econômico falava de construtoras que descobriram as vantagens do produto ecologicamente correto: "O mercado de madeira certificada, ainda tímido no Brasil, começa a ganhar corpo na construção civil, setor responsável pela maior parte do consumo de madeira amazônica". Duas declarações estampadas pelo jornal mostram como as empresas têm que mudar por causa do consumidor. Uma revelava que, apesar da madeira bruta certificada ser 10% mais cara, a construtora Setin não ia repassar o custo para o consumidor, segundo o presidente e fundador da empresa, Antônio Setin: "O comprador ainda não está disposto a pagar mais, mas percebe o valor deste diferencial". A outra, de Marcelo Takaoka, presidente da construtora que leva o nome dele, mostrava que o uso do material certificado é um processo irreversível na construção de alto padrão: "O mercado é muito competitivo e nenhuma construtora vai querer perder pontos com o consumidor". Quando empresas optam por material mais caro sem repassar o custo para o consumidor e dizem que isso é irreversível porque elas não vão querer perder ponto com o consumidor, alguma coisa está mudando. Para melhor e em benefício do consumidor. E isto é a melhor recompensa para todos aqueles que estão empenhados em trabalhar para tais mudanças. Muitos deles anônimos, mas sempre importantes. (*) Engel Paschoal (engelp@terra.com.br) é jornalista, especialista em assuntos relacionados ao chamado Terceiro Setor, e realiza cursos e palestras sobre Responsabilidade Social. Este artigo somente poderá ser reproduzido ou publicado com autorização prévia do autor.

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