Quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 - 07h52
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nas últimas semanas um levantamento sobre a violência e a instabilidade em áreas amazônicas. Os crimes de pistolagem na região apresentaram avanço considerável no último ano. A violência é generalizada principalmente nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. As localidades apresentaram maiores índices de crimes praticados por “jagunços”,
contratados por grandes proprietários de terra e madeireiros, para ameaçar trabalhadores rurais e ribeirinhos em áreas de conflitos e proteção ambiental. Em 2011, os nove estados da Amazônia acumularam um total de 39.865 vítimas de crimes do tipo.
A Igreja Católica é uma das instituições mais presentes na área, ao lado da defesa dos direitos dos povos nativos. Quem o afirma é o Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil:
“A Igreja Católica atua, está presente. Talvez seja uma das Instituições que está presente na área há mais tempo, sempre na defesa dos povos indígenas, dos seus direitos, da sua dignidade, das suas terras. A Igreja tem combatido realmente a violência que se faz presente também, sobretudo, nesta região do Norte do país, justamente por causa de sua missão. Muitos vão de certo modo, ocupando as terras, muitas vezes sem critérios, ou terras que muitas vezes têm seus proprietários, titulares. Muitas vezes, nesta região, há focos de tensão entre indígenas, grileiros, fazendeiros. É necessário que o Estado esteja atento, marque presença para evitar esta violência, que muitas vezes causa vítimas humanas. Todos nós rejeitamos, reprovamos essa situação e desejamos que tudo isso seja superado com a demarcação das terras dos indígenas e com a justiça funcionando em relação a qualquer outro conflito que possa haver na região”.
O Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis está satisfeito com a ajuda do Vaticano no que se refere à questão da Amazônia:
“Nós temos recebido um apoio muito grande e também ajudas financeiras do Santo Padre Bento XVI e da Secretaria de Estado. Eles têm nos doado recursos que são usados para o trabalho pastoral evangelizador da Igreja na Amazônia: são ajudas às dioceses, às prelazias deste território imenso, que ocupa praticamente um terço do território nacional, onde a população não é densa. Temos os povos originários, os indígenas, que precisam de uma atenção toda especial. Há também um fluxo imigratório em direção da Amazônia, que por um lado é positivo, mas por outro, causa problemas, sobretudo em relação ao meio ambiente, pois a tendência muitas vezes é a devastação, com a ocupação destas terras para o cultivo ou para o gado. Isto muitas vezes leva ao desmatamento, embora as estatísticas recentes apontem que o desmatamento tem caído na Amazônia, embora haja uma extensão muito grande desmatada. Portanto, a Amazônia precisa de uma atenção toda especial. Sabemos que é uma área compartilhada com outros países da América Latina, e sua biodiversidade é extraordinária, seja a fauna como a flora: é uma riqueza, o chamado pulmão do mundo. É talvez um dos maiores mananciais de água doce do mundo. Então, é uma região que temos que cuidar, como brasileiros e com os demais países que a compartilham, preservá-la, mantê-la e fazer com que possa ser desenvolvida de modo sustentável, racional, e inclusiva. Seus povos originais devem ser respeitados em sua cultura, ter suas terras respeitadas para que possam viver com dignidade. Aqueles que chegam também devem poder aproveitar as riquezas da região, mas de uma maneira racional, sustentável, que não coloque em risco o meio ambiente. Creio que estes foram também os objetivos do Código Florestal, que tem capítulos especiais relativos à Amazônia, onde o governo e a população estão muito atentos à preservação desta área que é não só uma riqueza do país mas de todo o mundo”.
Fonte: CNBB com Rádio Vaticano
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