Segunda-feira, 29 de dezembro de 2008 - 20h14
A coragem de dar o primeiro passo é o divisor de águas entre os que têm iniciativa e os que descansam à sombra das lamentações. Para os desbravadores o desconhecido é um convite; para os inseguros, uma ameaça. Igualmente, o Ano-Novo que se apresenta diante dos homens, que trocam mensagens de otimismo e realizações, porém, se não for tomada uma atitude prática, esses ensejos se dissipam rapidamente. De nada vale a idéia se não há o fazer, tampouco o desejo sem a ação, e o caminho sem o andarilho... Previsões, astros, simpatias se tornam infrutíferos se o indivíduo não pôr o pé na estrada. A caminhada é árdua e o cenário se modifica na medida em que se avança; existem momentos amenos, mas há também situações complexas, dias ensolarados e noites tenebrosas... Uma constante na jornada daquele que não aceita o comodismo de padrões convencionais forjados pela mente coletiva, e parte rumo ao 'novo' na busca de algo mais, confiante na criatividade, na inovação e na dinâmica da vida, que reserva a vitória aos atrevidos, aos ousados, e a todos os que deixam de olhar apenas para seu umbigo e passam a enxergar além da própria sombra, interagindo com o mundo de outra maneira, não encarando os demais como antagonistas, e sim como parte de um 'todo', cujo sentido de estar no planeta é evoluir, superando as limitações.
Para se habilitar a tais mudanças é necessária uma revolução na estrutura mental do ser, desaprender para depois poder aprender, ou seja, excluir arquivos mortos para daí assimilar novos conceitos. Um novo ano desponta se sobrepondo ao que finda, e nessa órbita, deve gravitar nossos anseios e nosso jeito de ser; nem superior, nem inferior, porém diferente, cuja natureza é livre para manifestar seus talentos. E nessa releitura, o ano que ora se inicia será realmente um novo tempo, um novo sucesso.
J. Antonio Séspedes
Autor do livro: Depressão, um beco com saída
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