Sábado, 9 de fevereiro de 2008 - 16h41
A última vez? Será mesmo? Tenho percepção suficiente para sentir o peso de uma declaração feita a mim mesmo, como: "esta será a última vez que farei...".
E o que acontece? Bom, ninguém é de ferro. Tá legal, o carnaval é no início de fevereiro... não vamos ser tão "Caxias", afinal, acabei de sair de um ano difícil. Muito trabalho. Muitos problemas. Vamos esquecer tudo isso pelo menos até o carnaval. Até porque é no início de fevereiro. Ok.
Então me lembro que quem decidiu, "sem pressão" que iria me impor uma série de mudanças drásticas, ou seja, me auto impor um regime de ordens, vamos lá, um tanto severas, e o mais curioso, livremente aceitas por mim mesmo, adivinha quem foi? Eu mesmo.
O gozado é que quando chega ao final do carnaval essas ordens e os motivos que me levaram a me auto sentenciar, no final do ano, não parecem mais, vamos dizer... tão relevantes. Não iriam mudar a minha vida mesmo...
Na verdade esquecemos que funcionamos, internamente, como uma organização militar. O que acontece quando um órgão (tropa) deixa de funcionar corretamente? Coloca todo batalhão em risco. A nossa estrutura física funciona como um relógio digital. Talvez até melhor. Só alguns exemplos: quantas batidas por minuto seu coração executa? Quantas vezes por dia seu organismo pede água, comida e outras substâncias? O que acontece quando algo no nosso corpo atrasa?
Mas tem um órgão que altera todo esse funcionamento, se não estiver conectado com a forma de como os demais órgãos funcionam. Quer adivinhar? Ok!
Naturalmente temos aversão a regulamentos. Basta contar quantos acidentes, ou quantas pessoas morrem por não respeitarem o sinal de trânsito. Uma da regras do cotidiano mais simples e "batidas" da nossa vida diária. E porque não respeitamos essa simples e vital regra? Falta de disciplina? Ou simplesmente rebeldia? Como em 68? Livres para voar... será?
Quem são esses caras que ficam inventando essas regras? Eles esquecem que sou livre? Que eu faço o que eu quero?
Engraçado... no final não respeitamos as regras impostas pelos outros, impostas pelos "iluminados" homens da lei. Tudo bem, essas são feitas pelo homem. E as regras naturais? As que foram apenas descobertas pelo homem? O que nos impede de cumpri-las?
E agora? A grande pergunta: por que não cumprimos as regras impostas por nós mesmos, no momento de grande reflexão, a que somos acometidos sempre no final do ano, quando pedimos perdão pelos nossos maus hábitos e juramos que, no próximo ano, farei isso, isso, isso, isso, isso, isso, isso, isso e mais isso? E se for possível... mais isso. Ninguém sabe. Mistérios...
Tudo muito simples, muito espontâneo, tudo muito claro, pertinente, devido, justo, saudável, sofrido. "E isso mesmo", "agora vai", "está na hora", "eu mereço", "realmente isso tem que ser feito", e por aí vai. Esse é o modelo mental que construímos num grande momento de fragilidade. Nada racional.
Peter Drucker dizia, e felizmente escreveu, que a pergunta mais importante que um CEO deve fazer é: O QUE PRECISA SER FEITO? Talvez não nos vemos como um grande presidente de uma grande organização. Quem somos nós? Não somos uma organização? E como funciona uma organização de sucesso como a Google?
A boa notícia é que podemos funcionar como a Google. A má notícia é que dependemos de nós mesmos.
E para finalizar mais perguntas: se não gostamos que outras pessoas nos digam o que deve ser feito, o que nos impede de cumprimos as regras impostas por nós mesmos? Lembra? Naquele momento de fragilidade de final de ano... momento irracional?
Já sei. É que no meio do ano tem as festas. Tem festas no meio do ano. Além das festas no meio do ano, também tem os feriados. Tem festas e feriados no meio do ano.
E aí? Porque que outras pessoas (organizações) conseguem sucesso?
Já sabe a resposta? Claro, eu também sei. Falta algo que começa com "d" e termina com "a". Mas também existem "is", "c", "p", "l", "n"... no meio.
Creio que no final do ano não é um bom momento para nos ditar regras. Talvez por estarmos muito influenciados. Veja, dizemos: vou parar de comprar coisas que eu não uso. E o que você mais faz nesse período? E o que você mais faz durante o ano?
Mas o legal é que virá outro final de ano e teremos a oportunidade de nos sentenciar com as mesmas ordens. Mas o pior que virá também as festas e os feriados.
Temos um órgão que não está funcionando direito. Ele está tomando as decisões na hora certa?
Acabou o carnaval. É hora de parar de brincar de pensar que vai mudar. E mudar efetivamente.
Felizmente o Peter Drucker pensou e escreveu isto também: "Planos nada mais são que boas intenções, a não ser que se convertam imediatamente em trabalho árduo."
Cuidados com os cartões de crédito!
Praticar disciplina é MUDAR PARA VIVER MELHOR.
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