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DIVAGAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO - Por Humberto Pinho da Silva


Muitas vezes ouço dizer:
“ Fulano, teve berço! …”

Ter berço, é ser educado. Educado no modo de se exprimir; na forma de agir; e na conduta, que mostra, nas diferentes situações da vida.

É nos primeiros anos da existência, que o indivíduo assimila os hábitos, que formar-lhe-ão o carácter.

E este, forma-se, e aperfeiçoasse, na casa paterna. A Família, é fundamental para a evolução da criança; é no seu seio, que se inicia o desenvolvimento de aptidões, e se prepara a integração na sociedade.
Educar, é, portanto, ensinar bons hábitos, que por sua vez, formar-lhe-ão o carácter.

Educa-se não para o presente, mas para o futuro: inculcando hábitos, que repetidos, tornar-se-ão usuais, sem pensar.
Há hábitos maus, e hábitos bons:

Hábitos que elevam o individuo: pensamentos sadios; uso diário de regras e palavras, que lubrificam as relações interpessoais.

E hábitos nefastos, tais como: discordar de tudo; lamentar-se da falta de sorte – como se a sorte não fosse (quantas vezes) resultado de atitudes; contestar, sem motivo, tudo que se ouve, são hábitos, que cavam na alma a sensação de fracasso, desanimo, tristeza, e prejudicam a saúde do corpo e da alma.

Tanto uns, como outros, são, em regra, fruto do ambiente familiar, em que se foi criado.

Todos sabemos, que o hábito, uma vez adquirido, e repetido, fica tão entranhado, que dificilmente se consegue extirpa-lo.

Pais há, que se lamentam do péssimo comportamento dos adolescentes, e do mau carácter do filho, olvidando, que é sempre resultado da deficiente educação que lhe foi administrado.

Educação sem disciplina, complacente, sem corretivo, na boa intenção de não traumatizar, nunca dá bom resultado.

O autoritarismo é tão prejudicial como o “ deixa correr”; esperar que a idade, o tempo, melhore, é engano em que muitos caiem.

O adulto, comporta-se, na coletividade, consoante foi educado: do jeito como viu os: pais e avós agirem.

Como a planta, a que se quer dar determinada direção, tem que ser orientada enquanto jovem, porque tornando-se adulta, já não é possível; a criança, precisa adquirir, desde tenra idade, bons hábitos.
Não basta inculcar regras, é preciso educar-lhes, principalmente a alma; mostrar-lhe a diferença entre o bem e o mal.

Educar é trabalho insano, e só se conhece, que se acertou, quando a criança, atingindo a idade adulta, demonstra pela conduta e carácter, se teve “ berço”

A culpa de haver tanta violência e injustiça, é, em parte, das mães – porque são elas, que, em regra, têm a maior fatia na educação dos filhos – Já Ezequiel citava o antigo provérbio, mas sempre atual: “ Tal mãe, tal filha” - Ez16:44

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