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Dois pesos, duas medidas


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A CPI da Pandemia aprovou a convocação de alguns governadores, dentre eles, o de Rondônia, Cel. Marcos Rocha, em cujas administrações repousariam suspeitas de desvios de recursos públicos usados no combate à covid-19.

Curiosamente, Renan Filho, governador de Alagoas, filho do senador Renan Calheiro, Relator da CPI, não foi convocado. Provavelmente, o será no segundo tempo. Ágil no gatilho, na hora de tratar convocados com arrogância, quero ver onde o senador vai meter a sua empáfia quando o filhote comparecer.

Para políticos da estirpe de Calheiros, com dezessete processos no Supremo Tribunal Federal (STF), por eventuais irregularidades, dentre elas o desvio do fundo de pensão de funcionários dos Correios, o Postalis, é mais conveniente, como ensina a Bíblia, tentar tirar o cisco do olho do seu irmão do que tirar a trave que está no próprio olho.

O governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, acostumado a aparecer na mídia arrostando vantagem, não escapou na convocação. Terá de explicar onde e como foram aplicados os milhões de reais destinados pelo governo federal àquela unidade da federação para comprar equipamentos hospitalares. Enquanto isso, o governador do Distrito Federal, em cujos ombros, até onde se sabe, não pairam indícios de ilegalidades, foi convocado.

Há caso de governador que teria usado o dinheiro para colocar as contas do Estado em dia. Há, também, suspeita de que gente teria pegado o dinheiro para construir hospitais de campanha, mas não o fez. E há, ainda, autoridade que teria pegado a grana para comprar, por exemplo, sete respiradores, mas menos da metade teria sido entregue, como é o exemplo do governador Helder Barbalho, do Pará. E, o que é pior, a preço superfaturado. Agora, advinha de quem o senhor Helder é filho. Acertou quem disse do senador Jader Barbalho, envolvido em sucessivos escândalos, como o da Sudam, onde 21 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos. Chegou a hora de essa gente explicar tim tim por tim tim à CPI.

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